Cartilha sobre leishmaniose será lançada na Praça dos Autógrafos da Bienal do Livro
Livreto integra projeto pela professora Camila Braga, da Ufal, em parcerias com diversas instituições locais e nacionais
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Diana Monteiro - jornalista
Uma cartilha com orientações sobre a doença leishmaniose será lançada às 19h, na Praça de Autógrafos, neste domingo, 3 de novembro, pela professora Camila Braga Dorneles, da Escola de Enfermagem e Farmácia (Esenfar), da Universidade Federal de Alagoas. O livreto é uma das atividades do projeto que envolve como parceiros, entre órgãos financiadores, equipes de apoio e técnica, várias instituições locais e nacionais.
Segundo a coordenadora Camila Braga, a cartilha é um informativo que servirá de base para a equipe multidisciplinar no projeto com a finalidade de levar as principais informações sobre a doença às regiões mais acometidas, a serem visitadas pelos pesquisadores durante o próximo ano. “A leishmaniose, como doença negligenciada, está normalmente associada a áreas carentes e de menor aquisitivo. Então, muitas vezes, medidas simples poderiam reduzir sua ocorrência”, enfatizou a coordenadora.
Sobre a leishmaniose, Camila Braga diz que a doença não é contagiosa, é transmitida por um mosquito infectado conhecido como mosquito-palha ou mosquito-branco ou mosquito – de -parede. Como prevenção, devem ser adotadas medidas de higiene, como áreas livres de fezes de animais, acúmulo de lixo, folhas e restos de alimentos, além do uso de repelentes e manutenção de criadouros de animais afastados da residência.
Áreas endêmicas
A professora Camila Braga destaca que há duas formas principais de manifestação da leishmaniose: a tegumentar e a visceral. O maior número de casos da primeira, atinge em Alagoas, os municípios superiores do Vale do Paraíba, Zumbi e litoral Norte, além de alguns municípios isolados como: São José da Tapera, são Brás, Feliz Deserto, Barra de São Miguel e Satuba.
A leishmaniose visceral, as maiores médias anuais foram registradas nos últimos anos em municípios desde o Alto Sertão, até o Agreste e Baixo São Francisco, além de Barra de Santo Antônio e São Luiz do Quitunde.
A coordenadora informa que em Alagoas há ações contínuas voltadas tem como foco a doença tanto do Centro de Controle de Zoonoses quanto das Secretarias de Saúde. “Aproveito para lembrar que a notificação da doença no Brasil é obrigatória. O que contribui para os dados epidemiológicos, embora certamente haja sub notificação. Esperamos também que as nossas ações auxiliem estes órgãos na redução do número de sub notificação”, enfatizou Camila Braga.
Exemplares serão disponibilizados em todas as entidades parceiras e mais informações sobre o informativo pelo link:http://issuu.com/ascomufal/docs/infoleishmaniose.