Livro de nutricionista faz público cair no ritmo popular

Lançamento de ...pra fazer farofa-fá! movimenta público da bienal


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Sandra Vasconcelos apresenta seu livro | nothing
Sandra Vasconcelos apresenta seu livro

Alessandra Vieira – jornalista colaboradora

O público do oitavo dia de Bienal entrou no universo popular alagoano. ...pra fazer farofa-fá!, produzido por membros da equipe de pesquisadores do Laboratório de Nutrição em Cardiologia e Comorbidades, da Faculdade de Nutrição da Universidade Federal de Alagoas, e coordenado pela professora Sandra Mary Lima Vasconcelos, foi lançado ao som do violeiro João de Lima e dos forrozeiros Eliezer Setton e Geraldo Cardoso.

Na obra, são abordadas raízes que estão na base da pirâmide alimentar brasileira como fonte de energia de qualidade nutricional: batata-doce, inhame e mandioca ou macaxeira (ou aipim). “Acontece que, apesar dessa importância, foi constatado em nossas pesquisas o baixo consumo desses alimentos por hipertensos e diabéticos em Maceió, em detrimento do consumo de outros alimentos energéticos processados”, disse a professora.

Além do mais, a batata-doce, o inhame, a mandioca ou macaxeira (ou aipim) são alimentos de grande identidade histórica, cultural, antropológica, sociológica, agrícola e culinária nas várias regiões do Brasil. “sendo assim, com esse livro, trazemos a intenção de incentivar, resgatar e despertar a curiosidade e o desejo de as pessoas consumirem essas raízes e tubérculos em sua dieta cotidiana. Dessa forma, estarão consumindo alimentos saudáveis, degustando história, cultura e tradição”, destacou Sandra na apresentação do livro. 

Livros da Edufal

A Editora Universitária também lançou mais quatro livros nesta sexta-feira. Piranhas retrato de uma cidade, de Rosiane Rodrigues; Corpos diferenciados – criação da performance “Kahlo em mim eu e(m) Kahlo”, de Felipe Henrique Monteiro de Oliveira; Educação, cidadania e emancipação humana, de Ivo Tonet; e A saúde pública em Alagoas no Brasil Império – Caminhos e descaminhos, de Márcia Rocha Monteiro e Fernando Gomes de Andrade.

Nesse último, os autores mostram o resultado de pesquisa sobre a saúde pública no período de 1822 a 1889. Segundo eles, através dos estudos, tentaram entender as principais questões ligadas à saúde pública em nossa província. “O livro mostra a nossa herança colonial, assim com o surgimento de uma legislação sanitária em terras brasileiras, significativamente a partir das Posturas municipais no Rio de Janeiro, em 1830. Ressalta-se: em Alagoas, já em 1831, Penedo adotava posturas municipais pioneiramente”, disseram os autores.