Sebastião Medeiros conta os desafios dos organizadores da Bienal
Conheça o homem que coordena a logística do maior evento cultural de Alagoas
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Myllena Diniz – estudante de Jornalismo
Sebastião Medeiros está na organização da Bienal de Alagoas desde a primeira edição do evento. Dedicado e comprometido com o trabalho, Sebastião compõe a equipe da Editora da Universidade Federal de Alagoas (Edufal) e não teme “arregaçar as mangas e colocar a mão na massa”. Em contato direto com monitores, expositores e patrocinadores, ele acompanha de perto a logística da maior festa literária e cultural alagoana.
Durante dez dias consecutivos, a 6ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas ultrapassou todos os números previstos. No evento, foram ofertadas mais de 100 palestras e oficinas; instalados mais de 140 estandes; e lançados mais de 100 livros. Para controlar toda essa estrutura, a experiência de quem conhece bem a dinâmica da Bienal foi imprescindível.
“Eu comecei como bolsista da Edufal, ainda na 1ª Bienal, organizada pela professora Leda Almeida. Já como profissional, participei de todos os Salões do Livro e da Arte, quando o professor Eraldo Ferraz esteve à frente da editora. Depois, participei de todas as edições da Bienal, na gestão da professora Sheila Maluf. E, agora, com a professora Stela Lameiras na direção da Edufal, tenho a honra de continuar na organização da Bienal”, revelou Sebastião Medeiros.
Assessor da editora, Sebastião também falou sobre a ousadia da Ufal em promover o maior evento cultural de Alagoas. “Nós começamos em galpões e em clubes. A palavra que podemos usar para definir nossa trajetória é ousadia, porque antes não havia um espaço que comportasse a demanda alagoana. A Bienal começou no Clube Fênix Alagoana e depois veio para o Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso, mas já percebemos que o espaço está ficando pequeno para o evento”, destacou.
Grato ao apoio de instituições públicas e privadas, Sebastião Medeiros agradeceu ao apoio da Ufal, da Edufal, da imprensa alagoana, do Governo do Estado e da Prefeitura de Maceió. O assessor da Edufal também reforçou a importância dos patrocinadores do evento – Petrobras, Braskem, Sebrae e Ceap Cursos – para a realização do evento.
“Os patrocinadores foram essenciais para que promovêssemos o maior evento do Estado. A Petrobras, inclusive, doou mais de 100 mil gibis nesses dez dias. Além disso, destacamos o apoio das editoras e dos livreiros, que acreditam na Bienal de Alagoas e sempre fazem parte da nossa programação. A participação dos expositores é decisiva para o evento, porque, por meio deles, trazemos bons palestrantes”, reforçou o assessor.
Diferencial
Neste ano, a Bienal Internacional do Livro de Alagoas contou com algumas novidades. Entre elas, a realização de oficinas à noite, fusão cultural promovida pelo Sesc e pelo Instituto Lumeeiro no mezanino, exposição de artes, cursos técnicos para a população e a campanha Expositor legal doa livro na Bienal.
Segundo Sebastião, outro destaque da 6ª edição do evento é a intensa participação de escolas da rede pública de Alagoas e de outros estados. “Mais de 20 mil alunos da rede pública de Maceió participaram da Bienal. Além disso, contamos com a presença de muitos alunos de todo o Estado, tanto da rede pública quanto privada. No total, foram mais de 200 escolas circulando pela Bienal, por dia, incluindo instituições de Sergipe”, pontuou.
Em 2013, a Bienal também atendeu a todas as exigências de um evento de grande porte. Esquema de segurança montado entre a Polícia Militar de Alagoas, a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) e o Corpo de Bombeiros garantiu tranquilidade aos visitantes. De 25 de outubro a 3 de novembro, posto da PM esteve instalado no estacionamento do Centro de Convenções, das 10h às 22h, e reforçou a atenção ao público.
Para Sebastião, essa foi uma Bienal popular. “O evento agradou tanto a academia como a população alagoana. Houve uma grande mescla na programação e pudemos promover, gratuitamente, uma verdadeira festa cultural”, salientou.
O evento também superou as expectativas dos expositores. Rogério Caires, da Galeria dos Livros (SP), participou pela primeira vez da Bienal de Alagoas e declarou: “Estou surpreso com a qualidade do local. Eu participo de todas as bienais que acontecem no Brasil, mas nunca encontrei uma como essa. Realmente, a programação foi excelente e contou com palestrantes de muita qualidade. Eu acho que o fato de ser organizada por uma universidade enobrece o evento, já que não há apelo comercial. Essa é a melhor Bienal que já vi”, avaliou.
À população alagoana, Sebastião Medeiros deixou o recado: “Agradeço ao público alagoano, que veio prestigiar o evento e já o convido para a 7ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas. Até 2015!”, registrou.