Ex-estudante africano homenageia a Ufal em ato simbólico
De férias no Brasil, Helder Monteiro de Abreu, graduado em Administração pela Ufal em 2009, entregou símbolos africanos ao reitor Eurico Lôbo como forma de agradecimento
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Rose Ferreira - jornalista colaboradora
O reitor Eurico Lôbo e parte de sua equipe receberam na manhã desta segunda-feira, 13 de janeiro, alguns profissionais africanos formados pela Universidade Federal de Alagoas. Helder Monteiro de Abreu, atualmente diretor de recursos humanos e patrimônio da Associação Céu e Terras em Guiné Bissau, homenageou a Ufal entregando símbolos da cultura africana ao reitor como forma de agradecimento pela acolhida que ele e os demais estudantes da África tiveram em terras alagoanas.
“Queremos entregar esses símbolos africanos em nome de todos os estudantes que passaram por aqui e tiveram a oportunidade de adquirir conhecimento e fazer a diferença em seu país de origem. Queremos agradecer pela acolhida, tratamento pessoal e humano que sempre tivemos aqui”, declarou Helder.
“Agradecemos a homenagem, mas ressaltamos que esse é o nosso papel. O Brasil tem responsabilidades com a África, e poder contribuir para o crescimento de países desse continente é um grande privilégio!”, salientou o reitor.
Helder e outros profissionais da Guiné Bissau criaram a Associação para o Desenvolvimento de Bem-Estar Social, a ONG Paranta, e vieram ao Brasil também à procura de parcerias para capacitação dos micro e pequenos empresários locais. “Estamos em busca de uma cooperação com a Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (Feac/Ufal), Sebrae e Lagoa Viva para ensinar cooperativismo e sustentabilidade aos guineenses. Hoje, a maioria dos empresários é estrangeiro, ou seja, as divisas não ficam no nosso país. Queremos mudar essa realidade e movimentar a economia local”, explicou o jovem empreendedor.
Outro guineense presente que fez questão de salientar a importância da Ufal em sua formação foi Vagner Gomes Bijagó. Mestre em Sociologia, atualmente é professor substituto do Campus do Sertão. “Já passaram por aqui mais de 50 estudantes africanos e ficaram apenas três; um deles sou eu, por estar trabalhando e ter sido recentemente aprovado no doutorado da UFPE, mas a médio prazo pretendo voltar ao meu país para repassar todo o conhecimento adquirido. O que eu sou hoje, enquanto profissional, eu devo a esta universidade”, reconheceu Vagner.