Ufal tem representante na Comissão Especial de Informática na Educação
Professor do Instituto de Computação é reeleito vice-coordenador e planeja ações para melhorias na área
- Atualizado em
Manuella Soares - jornalista
A comunidade científica de Informática na Educação está sendo representada nacionalmente pelo alagoano Ig Ibert Bittencourt, professor da Universidade Federal de Alagoas, que foi reeleito vice-coordenador da Comissão Especial de Informática na Educação, ao lado de Ismar Frango, Coordenador e professor da Universidade Mackenzie. A CEIE é formada por 15 brasileiros membros da Sociedade Brasileira de Computação, dentre os quais está o professor Ig, o único representante de Alagoas, ajudando na coordenação de uma comunidade de mais de 3.500 pesquisadores em todo o país.
A comissão é responsável por regular as políticas de informática na educação no contexto da Sociedade Brasileira de Computação. O professor Ig termina o primeiro mandato com muitas conquistas para comemorar e ainda mais desafios pela frente. Dentre as ações realizadas durante o biênio, a equipe conseguiu elevar o conceito da Revista Brasileira de Informática na Educação e dos eventos organizados pela comissão, já que a área de computação é avaliada pelos critérios de qualidade nas publicações em eventos e periódicos.
O Congresso Brasileiro de Informática na Educação (CBIE), passou a integrar o Simpósio Brasileiro de Informática na Educação (SBIE), e o Workshop de Informática na Escola (WIE), que ganharam conceitos Qualis B2 e B3, respectivamente.
“Integrar esses dois eventos dentro do congresso permitiu unir os professores da educação básica e a comunidade científica de Informática na Educação, fazendo uma ponte entre quem está pesquisando com quem está na prática, no dia a dia da escola. Isso faz com que o pesquisador tenha uma visão bem mais clara do que é pesquisa e como atuar diretamente nos problemas reais”, destacou o professor Ig Ibert.
Um dos motivos de orgulho da coordenação da CEIE foi o salto de qualidade na revista de computação mais antiga do país, que era uma das prioridades nas ações de melhoria da comissão. O conceito Qualis saiu de B4 para B1, em algumas áreas. Também é de responsabilidade da comissão, a promoção do DesafIE, um Workshop para discutir os desafios da informática na educação no Brasil, que em 2014 terá como sede a cidade de Brasília. Na proposta de interiorizar os eventos, o CBIE será realizado em Dourados, Mato Grosso do Sul, em novembro deste ano.
Novas metas
A reeleição dos professores Ismar Silveira (Mackenzie) e Ig Ibert Bittencourt (Ufal) como coordenador e vice, aconteceu num evento em Campinas-SP, no mês de novembro. Para o próximo biênio da gestão algumas ações foram definidas. De acordo com o professor Ig, houve uma reestruturação interna e um planejamento estratégico que criou oito Grupos de Trabalhos (GT’s) para organizar e aplicar as atividades.
Um dos grupos será responsável por implantar os portais institucionais da comissão e da revista, com o objetivo de melhorar a imagem e facilitar o acesso às informações. Outro grupo foi criado para alinhar os critérios de avaliação dos artigos que são submetidos ao CBIE e, um outro, para apoiar as ações da RBIE, tendo como meta transformá-la em Qualis A2, até o final de 2017.
Com o intuito de alcançar cada vez mais a profissionalização dos eventos promovidos pela Sociedade Brasileira de Computação, haverá um grupo de trabalho para dar suporte ao Congresso Brasileiro de Informática na Educação. O professor Ig estará à frente da equipe que fará um mapeamento da informática na educação do Brasil, para compreender como as pesquisas estão ocorrendo, gerando inovação e como isso é revertido para a sociedade.
A pretensão da comissão é ainda implantar um mestrado profissionalizante de informática na educação, o Profie, na modalidade à distância. Outro grupo pensará quais são os grandes desafios da informática na educação para os próximos 10 anos, planejando abertura de editais, financiamentos de pesquisas e tudo o que for necessário para a melhoria da área. Um grupo denominado de “Articulação Política” vai atuar como ponte entre o Ministério da Educação, o Ministério de Ciência e Tecnologia e a Sociedade Brasileira de Computação, além disso, foi criado também o Grupo de Trabalho Inovação e Propriedade Intelectual, para dar conta das demandas dos projetos promissores.
O professor da Ufal conta que o grande desafio foi juntar uma comunidade tão ampla para definir uma linha de atuação para os próximos anos. Agora, o desafio é, de fato, colocar em prática tudo isso que foi planejado, com metas bem desenhadas para a execução.
“A educação no Brasil está caótica, mas eu vejo que a informática, como papel importante para universalizar, dando acesso a mais pessoas, tem o desafio de conseguir apoiar na melhoria da qualidade. Então, vejo que não é só uma questão de democratização da educação, a informática pode dar os meios para melhorar a qualidade da educação no Brasil”, concluiu Ig.