Começa o Encontro Nacional de História do Sertão

Debates enfocam os 50 anos do Golpe Militar


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Lenilda Luna - jornalista

Durante esta semana, o campus Sertão está sendo realizando o 1º Encontro Nacional de História do Sertão (ENHS). Até 14 de março, palestrantes convidados vão abordar temas diversos, mas o eixo central do encontro está focando os 50 anos do Golpe Militar. Vários debates e minicursos com palestrantes convidados vão analisar os impactos da Ditadura Militar na sociedade, no movimento sindical e nas artes.

A primeira conferência, às 19h30 desta segunda-feira, no auditório Graciliano Ramos, terá como tema "O Golpe de 1964: História, memória e historiografia", com o professor Eurelino Teixeira Coelho Neto, doutor em História da UEFS, com a coordenação do José Vieira da Cruz, doutor em História e professor da Ufal.

Na terça-feira, 11, o Golpe Militar volta a ser debatido em várias atividades, enfocando aspectos como a resistência, a Igreja Católica, as mulheres, os trabalhadores e as interpretações históricas. Na quarta-feira, 12, a programação é iniciada com a exibição do filme "Cabra marcado para morrer", documentário dirigido por Eduardo Coutinho, que conta a vida do líder dos trabalhadores rurais na Paraíba, João Pedro Teixeira, assassinado em 1962.

Durante a tarde da quarta-feira, 12, Amaro Hélio Leite, mestre em História e professor do IFAL, apresenta as pesquisas que foram organizadas no livro "A Serra dos perigosos", contando sobre a resistência de índios, trabalhadores rurais e jovens revolucionários da Ação Popular (AP) numa serra do sertão de Alagoas.

As atividades continuam até sexta-feira, com a participação de historiadores de Alagoas para refletir sobre os aspectos regionais do Golpe Militar e do professor Francisco Carlos Teixeira, da UFRJ, encerrando as reflexões sobre a Ditadura no Brasil.

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