Cied discute linguagem hipertextual e processo de avaliação no Caiite 2014
Mesa-redonda foi formada pelos professores e pesquisadores Fernando Pimentel, Maria Auxiliadora e Carloney Alves
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Ascom Cied
Suscitar a reflexão sobre os modelos e as possibilidades de avaliação no processo ensino-aprendizagem. Essa foi a intenção da mesa-redonda O Uso da Linguagem Hipertextual no Processo de Avaliação da Aprendizagem: Os Sujeitos da EAD, formada pelos professores Maria Auxiliadora Silva Freitas, Carloney Alves e Fernando Pimentel. A discussão aconteceu na manhã deste sábado, 23, no Centro Cultural e de Exposições de Maceió e fez parte da programação do 2º Congresso Acadêmico Integrado de Inovação e Tecnologia (Caiite 2014).
Além de professores e pesquisadores, eles fazem parte da Coordenadoria Institucional de Educação a Distância (Cied) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Em sua apresentação, Maria Auxiliadora abordou questões éticas e técnicas da avaliação, levantando questionamentos sobre a utilização dos resultados da avaliação além do imediatismo da sala de aula e como os alunos utilizam a avaliação no processo de aprendizagem.
A pesquisadora defendeu a abordagem Formativa que, segundo ela, se sustenta no diálogo, conversação, interação com o conhecimento, autoria e nas possibilidades do outro. “As mudanças da sociedade exigem novas abordagens de avaliar, levando em consideração no processo a intenção, os instrumentos e os procedimentos”.
Maria Auxiliadora também falou sobre o conceito e as práticas do Intertexto e Hipertexto, dando como exemplo a experiência na Escola Estadual Engenheiro Edson Salustiano, em Maceió, onde professores e estudantes trabalharam o resgate da memória do bairro através da coleta de dados, conversação e autoria coletiva. Ela ressaltou que a pretensão da mesa-redonda foi de sinalizar alternativas teórico-metodológicas de avaliação, que incluam o uso de hipertextos como procedimentos pedagógicos.
Cultura Digital
O vice-coordenador da Cied, Fernando Pimentel, trouxe a reflexão sobre os sujeitos hipertextuais e hipermidiáticos na Cultura Digital; as transformações e as possibilidades na área da educação dentro desse novo contexto da sociedade. “Enquanto educadores, precisamos aprender a usar esses elementos a nosso favor, tanto no ensino presencial quanto na Educação a Distância (EaD). Ainda existe muita resistência em colocar na prática educativa essas novas possibilidades de avaliação”, ressalta Pimentel, que apresentou conceitos de Mobilidade, Ubiquidade, Identidade e Privacidade na Cultura Digital. “Na educação existe pouca inovação e quase nenhuma inovação. É preciso mudar esse cenário”.
Em seguida, o professor Carloney Alves falou sobre tessituras hipertextuais digitais na aula de matemática. Ao longo da sua apresentação, mostrou experiências práticas do uso de ferramentais digitais (Facebook, QR-Code, Blogs, Mapa Conceitual, Portal do Professor e etc) como estratégias didáticas no processo de ensino-aprendizagem de Matemática. “Sempre me questionava como rever as minhas aulas para torná-las mais participativas. A partir dessa inquietação, e do novo perfil do estudante, busco novas estratégias nas possibilidades da Cultura Digital para construção e transformação coletiva do conhecimento”.
A professora de Biologia, Ana Maria, evidenciou a importância da troca de experiência durante o encontro. “Foi um momento muito interessante onde pudemos ouvir relatos e discutir conceitos que nos leva a refletir sobre nossas práticas em sala de aula e como podemos mudar de forma consciente tendo em vista um modelo de eficácia de aprendizagem e não apenas como modismo”, disse. Segundo ela, não é “apenas inserir ferramentas tecnológicas na sala de aula, mas, principalmente, saber o porquê do uso, quais intenções e resultados esperados. E isso só vai acontecer com investimento na formação dos professores”.
Os pontos de reflexão apontados pela mesa-redonda agradaram a estudante de Pedagogia da Ufal, Jeniffer Santos. “As falas deixaram claro a necessidade urgente de incluir na prática de sala de aula as ferramentas digitais com intenções e resultados pedagógicas”, concluiu.