Reitor da Ufal assume a vice-presidência Nordeste da Andifes

Eurico Lôbo soma esforços com reitores para consolidar as relações internacionais das universidades brasileiras


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O reitor Eurico Lôbo integra a nova diretoria da Andifes

Lenilda Luna - jornalista 

A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) elegeu, no início de agosto, a diretoria executiva para o biênio 2014-2015. O novo presidente da entidade é o reitor Targino de Araújo, da Ufscar. O reitor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Eurico Lôbo, foi indicado para a vice-presidência da região Nordeste e também está integrando duas comissões: a de planejamento e a de relações internacionais. 

Segundo Eurico Lôbo, uma das metas das universidades brasileiras e consolidar o processo de internacionalização. "Os reitores têm participado de diálogos internacionais e visitas técnicas em países como China, França, Tchecoslováquia, universidades de língua portuguesa, etc. A Ufal participa ativamente dessas discussões. Em breve, por exemplo, o professor Luis Paulo Mercado, coordenador-geral da Cied [Coordenadoria Institucional de Educação a Distância], vai representar nossa instituição no encontro do grupo Tordesilhas", informou. 

Segundo informações do site institucional, o grupo Tordesilhas é uma rede acadêmica de universidades do Brasil, Portugal e Espanha, que tem como objetivo promover a colaboração entre as universidades dos três países no campo da ciência e tecnologia, com destaque para a cooperação científica e educacional como um elemento-chave para o papel que as instituições acadêmicas vai jogar em um mundo marcado por uma profunda mudança social, científico e tecnológico. O encontro do qual o professor Luis Paulo irá participar é 15º Encontro de Reitores do Grupo Tordesilhas, que será realizado em Lisboa-Portugal, de 19 a 21 de outubro, para debater os novos instrumentos de aprendizagem digital. 

O reitor Eurico Lôbo ressalta que essa é uma das muitas atividades que estão sendo realizadas para estabelecer um protocolo de qualidade internacional, ou seja, que as universidades brasileiras possam alcançar padrões de qualidade aceitos internacionalmente pela comunidade científica. "Queremos nossos estudantes e pesquisadores preparados para o mundo, para pesquisas e atividades realizadas em cooperação entre vários países, uma realidade cada vez mais presente na produção científica. Por isso, estamos estimulando cada vez mais a participação da nossa comunidade universitária em intercâmbios do programa Ciência sem Fronteiras e outros. Os doutorados sanduíche, grupos de pesquisas internacionais, revalidação de diplomas ou dupla diplomação devem ser incentivados, mas é principalmente uma estratégia para que os contatos internacionais não sejam apenas iniciativas de alguns pesquisadores e sim uma política institucional", ressaltou. 

Essa proposta da internacionalização das universidades vem sendo amplamente debatida pelos reitores já tem algum tempo e a meta é que as universidades brasileiras possam se aproximar do ranking das duzentas melhores do mundo, estabelecido no Times Higher Education World Reputation Rankings. "Temos universidades de excelência, como a USP, Unicamp, UFRJ, UFMG, entre outras, mas não estão ainda nesse ranking internacional. As grandes universidades que são referência para o mundo, são o parâmetro a seguir. É claro que não é fácil e temos limitações. A Havard, por exemplo, tem um orçamento de bilhões de dólares e a legislação americana permite doações privadas de ex-alunos. No Brasil, ainda temos muito a avançar, mas é preciso estabelecer essa meta de crescimento", ressaltou Eurico Lôbo. 

Para mais informações, acesse o site da Andifes .