Polo de cursos EAD na Ufal atende cerca de 1200 estudantes
Espaço é o centro administrativo dos cursos, das aulas e de atendimento aos tutores e aos alunos
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Daniel Borges – estudante de Jornalismo
Os cursos a distância são reconhecidos como uma estratégia importante para ampliar o acesso à educação superior. Um bom exemplo é o polo do Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB) que funciona na Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e é mantido e administrado pela Prefeitura de Maceió.
O polo funciona há sete anos, sendo o centro administrativo e o espaço das aulas presenciais semanais com quase 1.200 estudantes dos cursos de graduação em Sistemas de Informações, Ciências Sociais, Física, Geografia, Letras/Espanhol, Letras/Inglês, Matemática, Administração Pública e Pedagogia. O papel do polo é apoiar operacionalmente as necessidades de cada curso e, segundo a coordenadora Elielba Mendes Alves Pinto, esse apoio tem caráter administrativo, pedagógico e tecnológico.
“Existe uma parceria entre a Ufal, o Ministério da Educação (MEC), por meio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), e a Secretaria Municipal de Educação. O município não tinha um espaço adequado para atender os alunos, então o reitor Eurico Lôbo cedeu esse espaço que estava ocioso nos fins de semana. Além disso, também foram cedidos laboratórios e biblioteca”, explicou a coordenadora.
Tutor
Os apoios pedagógico e tecnológico são dados por meio dos tutores, treinados pela Coordenadoria Institucional de Educação a Distância (Cied) da Ufal e selecionados pela coordenação de cada curso. O tutor é uma peça fundamental para o bom andamento das atividades e tem por objetivo dar subsídios aos encontros presenciais, bem como acompanhamento e atendimento individual do aluno, estimulando e motivando sua permanência no curso.
“Somo nós quem nos relacionamos diretamente com o aluno, auxiliando-o na compreensão e na aproximação dos conhecimentos; utilizando de meios para o ensino e acompanhamento dos conteúdos, inclusive daqueles que dizem respeito as novas Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs)”, ressaltou o tutor Átila Pereira.
Pela mediação pedagógica do tutor, o aluno constrói seu conhecimento por meio da investigação, exploração, pesquisa, troca de experiências, elaboração e reelaboração dos processos de aprendizagem.
“O momento de tutoria, portanto, não pode se resumir a um encontro apenas para esclarecimento de dúvidas e repasse de informações. É possível desenvolver diferentes momentos para promover debates, discussões e o compartilhamento de informações, conduzindo a linha de raciocínio e provocando reflexões acerca de um tema”, revelou a especialista em educação e tutora de Pedagogia, Elizabete Soares.
A Cied é responsável pelo apoio institucional, atuando nas articulações entre as unidades acadêmicas e coordenadores dos cursos. “Nossa missão é contribuir com cada polo para que todos estejam envolvidos num processo de contínua melhoria”, frisou Fernando Pimentel, vice-coordenador da Cied.
Ele ressalta a importância não só do polo da UAB na Ufal como também o do Instituto Federal de Alagoas (Ifal). “Ter dois polos na capital reflete a dimensão do significado da modalidade para atender às demandas de formação que temos. Se um polo no interior contribui para a interiorização e democratização, na capital ele colabora no atendimento àqueles que já estão no mercado de trabalho e não teriam tempo para fazer um curso presencial”.
Estudantes
O polo de Maceió tem vários instrumentos para acompanhar os alunos. Esse acompanhamento vai desde aos questionários realizados no final de todos os períodos a avaliações e opiniões postadas no blog, espaço reservado ao aluno para falar sobres suas insatisfações quanto ao curso.
Elielba Mendes destaca a valorização da opinião do estudante. “O aluno é o ator de todo processo. Nós estamos aqui para atendê-lo. Então, ele é a pessoa mais importante desse processo. Se não tiver o aluno, com certeza não existirá professor, nem existirá polo”.
Questionada qual seria a grande conquista do polo Maceió, a coordenadora destaca a importância dos estudantes saberem que têm um lugar para atendê-los. “A existência do polo é fundamental para o aluno. Foi uma grande conquista. A educação a distância sempre existiu, mas não tinha um polo onde tivesse pessoas, funcionários, tutores que pudessem ajudar os estudantes nesse processo. Então, foi a partir de 2007 que foram implantados os polos em nosso Estado. Iniciamos com três cursos e hoje nós temos doze”.
E continua: “Se nós somos educadores e aqui estamos é porque acreditamos na educação. E se estamos no polo é porque acreditamos na educação a distância”.