Professor da Universidade do Porto visita Ufal e ministra curso no Centro de Ciências Agrárias
A vinda de Carlos Azevedo efetiva cooperação técnica para estudos científicos na área de aquicultura
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Diana Monteiro – jornalista
No período de 12 a 16 deste mês, visita a Universidade Federal de Alagoas o professor Carlos Azevedo, pesquisador da Universidade do Porto, considerado um dos grandes especialistas na área de microparasitas de organismos aquáticos. A visita dará oportunidade de efetivar cooperação entre a instituição portuguesa e o Laboratório de Aquicultura do Centro de Ciências Agrárias (Ceca), onde ministrará na segunda-feira, 15 de setembro, minicurso e palestra com temática focada na genética e identificação dos citados parasitas.
Professor catedrático da instituição portuguesa, Carlos Azevedo visitará também as cidades de Belém do Pará, Teresina e Recife. Conhecedor da realidade brasileira nessa área de estudo, já esteve no Brasil há cerca de 12 anos, na Universidade Federal de Pernambuco e também na Ufal. No Brasil há muitas pesquisas sobre o meio aquático, mas poucas referentes a microparasitologia.
O professor Emerson Soares, uma das referências nacionais e internacionais em estudos em peixes e articulador da vinda do pesquisador à universidade alagoana, destaca que durante anos Carlos Azevedo manteve um projeto que visou o estudo ultraestrutural de espermatozóide de vários animais da fauna aquática, incluindo peixes do Amazonas: "Com mais de 50 trabalhos publicados sobre o assunto e tomando referência os conhecimentos adquiridos no Brasil ao longo de mais de 25 anos de estudos, o professor assegura que grande parte dos peixes, principalmente de água doce, estarão parasitados. Os estudos descreveram mais de 50 novas espécies de microparasitas da fauna brasileira”, diz Emerson, que integra o corpo docente do Centro de Ciências Agrárias da Ufal.
São Francisco
Emerson Soares diz que a positividade da cooperação proporcionará a realização de estudos no Baixo São Francisco, região que ainda apresenta escassez de pesquisas , diferente do Médio e Submédio do São Francisco, onde são inúmeros os grupos atuantes inclusive com várias publicações. “Sem dúvida, a vinda do professor Carlos Azevedo é uma boa parceria, assim como uma oportunidade para o desenvolvimento de um valioso trabalho na área de aquicultura de tão importante região brasileira”, frisou Emerson.