Encontro Nacional de História é aberto na Ufal

Deriky Pereira – estudante de Jornalismo

O auditório Reitor Nabuco Lopes, situado no prédio da Reitoria, ficou lotado na noite de quarta-feira (22), durante a solenidade de abertura do 6º Encontro Nacional de História intitulado História e Historiografia sobre a Antiguidade e o Medievo. Com uma programação variada, o evento segue até esta sexta-feira, 24, no Campus A.C. Simões, em Maceió, recebendo professores, profissionais, pesquisadores e estudantes da área e afins de todo o Brasil.

Na abertura, a professora Raquel Parmegiani, organizadora do evento e representante da vice-reitora Rachel Rocha, destacou a ampla possibilidade de conhecimento das pesquisas da área como ponto de importância. “Esse encontro nos traz uma experiência impagável de pesquisa. Teremos palestrantes de outros estados, o que nos mostra que existem pesquisas na área em outros lugares do País, ou seja, a gente consegue mostrar a presença da história antiga e medieval de forma descentralizada”, disse.

A professora Ana Paula Palamartchuk destacou que o Encontro é uma singularidade. “Esse é um evento importantíssimo! Trazer pessoas, não apenas do Nordeste, mas de outras regiões que trabalham e tem contato com o tema é algo importante para a Universidade e para a sociedade”. Sua fala foi seguida pela do professor Gian Carlo de Melo que parabenizou a toda organização pelo evento. “É sempre muito bom para as instituições de ensino superior do Nordeste um evento como esse, que vem crescendo e se consolidando a cada edição. Os debates são sempre diferentes e favorecem a todos”, salientou.

O evento seguiu com a conferência de abertura intitulada A democracia Ateniense e nós, ministrada pelo professor José Antonio Dabdab Trabulsi, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). A palestra de encerramento, na sexta-feira, tem como tema Muito Além da Bíblia dos iletrados: discursos sobre imagens no Ocidente medieval e será ministrada pela professora Maria Cristina Pereira da Universidade de São Paulo (USP).

Até amanhã, o evento segue com oficinas, mesas-redondas e palestras. Você pode conferir a programação completa acessando o site. Na sexta-feira, a partir das 20h, será realizada a festa de encerramento, no prédio do Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Artes (Ichca) com programação bastante eclética: na abertura, haverá uma apresentação de maracatu, seguida por uma banda de pop rock e um DJ para alegrar os participantes.

Interação

O estudante Anderson Lôbo, do 7º período do curso de licenciatura em História é um dos participantes do evento. Ele concorda com os professores na importância da experiência em pesquisa proporcionada pelo Encontro e destaca como relevante a interação que o evento promete realizar. Para ele, é importante fazer com que o Nordeste conheça os assuntos pesquisados em outros polos de ensino.

“Acredito que a interação, a troca de conhecimentos entre as pessoas daqui do Estado e aquelas que são de fora e as daqui, até aquelas que não sabem que existem pesquisas realizadas na área é importantíssima. Essa gama de saberes vai aumentando para ambos os lados: para quem veio, pode conhecer o que é feito aqui e quem está aqui, fica sabendo dos assuntos pesquisados em outros locais”, apontou.

Vale ressaltar que, segundo a organização do evento, os ouvintes receberão um certificado de 36 horas. Para mais informações, entre em contato por meio do endereço eletrônico: vivariumufal@gmail.com

Encontro Vivarium Nordeste

Como parte do 6º Encontro Nacional de História, também está sendo realizado o 1º Encontro Vivarium (Núcleo Nordeste), que tem por objetivo o intercâmbio entre os pesquisadores e discentes do Laboratório e, ainda, o diálogo com outros Grupos de Pesquisa em História Medieval do Brasil. A realização foi destacada pelo professor Bruno Gonçalves durante a solenidade de abertura. “Esse já é um evento consolidado. Eu parabenizo o engajamento dos envolvidos na realização deste evento e é importante, também, essa prioridade aos temas dos grupos de pesquisa, com as discussões e os diálogos que aqui serão realizados e vamos consolidar ainda mais a nossa parceria com os grupos de Sergipe e Bahia”, disse ele.

O Vivarium, ou Laboratório de Estudos da Antiguidade e do Medievo, foi criado em 2009 com o objetivo de integrar e promover pesquisas acadêmicas sobre a História da Antiguidade Tardia e da Idade Média Ocidental. Na Universidade Federal de Alagoas (Ufal), tem como proposta refletir sobre a cultura, sociedade, política no mundo antigo, medieval e renascentista com estudos sobre a produção historiográfica que recai sobre estes períodos históricos, quanto para investigações que levem em conta e as reflexões sobre representações e modos de representar a vida, elaborados pelos homens e mulheres do passado. Veja mais no site.