Simpósio Internacional discute Medicina Equina em Maceió
Evento começa nesta sexta-feira e é promovido pelo curso de Medicina Veterinária da Ufal
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Diana Monteiro – jornalista
A cidade de Maceió sedia de 24 a 26 deste mês, no Hotel Ritz Lagoa da Anta, o 8º Simpósio Internacional da Associação Brasileira dos Médicos Veterinários de Equideos (Abraveq Nordeste), considerado o segundo maior evento da América Latina. O evento reunirá cerca de 600 participantes e proporcionará qualificação dos profissionais que trabalham com os equídeos em toda região, além de oportunizar atualização e inovação científicas, que servirão como fonte de conhecimentos contemporâneos para alunos de pós-graduação e graduação. Simultaneamente também acontecerá, no mesmo local, o Simpósio Alagoano de Medicina Equina (Simpalmeq).
O professor Pierre Barnabé, do curso de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Alagoas, destaca os principais objetivos: capacitação e atualização de conhecimentos para alunos de Medicina Veterinária de graduação, pós-graduação, médicos veterinários militantes na Medicina Equina e profissionais das áreas da equideocultura; incentivo à inovação médica-veterinária no setor, mudando paradigmas existentes na região; fazer a união de entidades de ensino e fomento que proporcionem o crescimento da atividade em Alagoas; e consolidação do Estado de Alagoas como referência no Nordeste no ensino de Medicina Equina.
“O Grupo de Pesquisa Equina (Grupequi), da Ufal vem trabalhando e publicando trabalhos em Congressos Nacionais e Internacionais, além de haver grande expectativa de o Hospital Veterinário( em construção em Viçosa) tornar-se referência na Medicina Equina Nordestina”, frisou o coordenador Pierre Barnabé. Além da Ufal, apoiam os eventos científicos o Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV- AL), CNPq, Sebrae-AL e empresas privadas.
Atividade em expansão
Pierre Barnabé informa que Alagoas é um Estado onde o agronegócio apresenta-se como uma das principais atividades geradoras de proventos e desenvolvimento estadual e a Equideocultura (é a parte da zootecnia especial que trata da criação de equinos), faz parte dessa fatia, principalmente por meio da modalidade esportiva da vaquejada e animais de marcha. “Além disso, o Estado é sede de dois cursos de Medicina Veterinária, englobando cerca de 400 alunos entre Universidade Federal de Alagoas e Centro Universitário Cesmac”, completou.
Pierre Barnabé diz que segundo o Estudo Complexo do Agronegócio do Cavalo desenvolvido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil em 2006, no País há um alto investimento no mercado equestre que movimenta anualmente cerca de R$ 143,6 milhões em casqueamento e ferrageamento; R$ 164 milhões no esporte vaquejada (tradição cultural nordestina); e R$ 78 milhões nas escolas de equitação.
Ele acrescenta que o agronegócio da vaquejada no Nordeste, com destaque para o Ceará, Rio Grande do Norte, Sergipe, Bahia, Paraíba, Alagoas e Piauí, é de muita projeção e necessita de mão de obra qualificada e a cada etapa de vaquejada o investimento chega a R$ 7 milhões.
Pierre enfatiza que os dados mostram que a atividade e suas relações proporcionam a fixação destas pessoas treinadas em sua região e complementa: “há em Alagoas haras e muitos criatórios de equinos para fins esportivos e de lazer. O simpósio alagoano voltado àmedicina equina já faz parte do calendário de eventos científicos do Estado e desde a primeira edição, em 2010, tem contado com boa participação dos interessados nessa área”, frisou Pierre Barnabé, falando sobre a expansão local dessa área.
Mais informações sobre o 8º Simpósio Internacional: www.abraveq.com.br