Ufal e universidade francesa firmam intercâmbio para pesquisas na área de fármacos

Parceria visa ao desenvolvimento de fármacos para tratamento da Leishmaniose


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O francês Hassan Hammond desenvolvendo pesquisa do pós-doutorado na Ufal
O francês Hassan Hammond desenvolvendo pesquisa do pós-doutorado na Ufal

Diana Monteiro – jornalista 

O reitor Eurico Lôbo recebe na tarde desta sexta-feira, 31, o professor Jean Jacques Bourguignon, da Universidade Strasburgo (França), para tratar sobre o intercâmbio científico em desenvolvimento para o estudo de fármacos direcionados ao tratamento da Doença Leishmaniose, conduzido na Universidade Federal de Alagoas por três unidades acadêmicas: Escola de Enfermagem e Farmácia (Esenfar); Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde (ICBS); e Instituto de Química e Biotecnologia (IQB). 

“A visita do professor Jean - Jackues, coordenador geral do projeto, objetiva a elaboração de estratégias para o desenvolvimento das pesquisas e troca de informações, visando o fortalecimento do intercâmbio científico que contempla alunos e professores em prol da ciência com reflexos positivos para a área de internacionalização”, afirmam João Xavier e Mário Meneghetti,  docentes da Esenfar e IQB. Na instituição, ambos estão na coordenação das ações do projeto. 

A Universidade de Strasburgo é referência no tratamento em pesquisas sobre leishmaniose e oportuniza o desenvolvimento de pesquisas entre as duas instituições. O intercâmbio proporciona a participação em cursos de pós-graduação contemplando alunos da Ufal e da instituição francesa no Programa Sanduiche. Atualmente o aluno graduado em Farmácia Pedro Gregório Vieira Aquino está cursando doutorado sobre o desenvolvimento de fármacos com dualidade de ação (anti-inflamatório e anti-isquêmicos) na Universidade de Strasburgo. 

Na Ufal até dezembro, o pesquisador francês Hassan Harmond desenvolve pesquisas do seu pós-doutorado nos laboratórios da universidade alagoana. A pós-graduação sanduiche é realizada sob a orientação das duas universidades e em Strasburgo a orientação do estudo do alagoano Pedro Gregório Aquino é da professora Martine Schmitt. O intercâmbio científico é proporcionado pelo Programa Ciência sem Fronteiras e para 2015 já está certa a ida de mais dois alunos graduados pela Ufal. 

Pesquisas 

A leishmaniose é uma doença provocada por parasita encontrado nos trópicos, sub-trópicos e Europa meridional. É causada por infecção pelos protozoários do gênero Leishmania, os quais se espalham através da picada de mosquitos flebotomíneos, também conhecidos como mosquito palha ou birigui. Há várias formas diferentes de leishmaniose, sendo que as mais comuns são a cutânea, que causa feridas na pele, e visceral, que afeta alguns órgãos internos como fígado, medula óssea e baço. 

As pesquisas em fármacos para o desenvolvimento de moléculas para o tratamento da doença são realizadas nos seguintes laboratórios: Laboratório do Grupo de Catálise e Radioatividade Química do IQB, sob a responsabilidade de Mário Meneghetti e Tiago Aquino, onde é feita a sintetização das moléculas ativas; Laboratório de Química Medicinal da Esenfar coordenado pelo professor João Xavier; e Laboratório de Farmacologia e Imunidade (Lafi), do ICBS, coordenado pela professora Magna Suzana. 

O intercâmbio científico tem duração de três anos e foi idealizado pelo professor João Xavier que cursou pós-graduação na Universidade de Strasburgo,  onde também permaneceu por um período de três meses como docente convidado. João Xavier é autor de vários artigos sobre fármacos publicados em periódicos (revista e jornal) científicos de projeção internacional, o que reforçou a efetivação do intercâmbio científico e a internacionalização na Universidade Federal de Alagoas.