Ufal promove ações e chama a atenção para o câncer de mama

Deriky Pereira – estudante de Jornalismo

A Universidade Federal de Alagoas (Ufal) realizou nesta terça-feira, 21, uma ação alusiva ao Outubro Rosa. Palestras, oficinas e um espaço de cuidados, montado no prédio da Reitoria, no Campus A.C. Simões, em Maceió, foram oferecidos ao público que participou das ações durante toda a tarde. No auditório, o pró-reitor de Extensão, Eduardo Lyra, representando o reitor Eurico Lôbo e a vice-reitora Rachel Rocha, destacou a importância do evento.

“A Ufal consolida um sentimento e um esforço nacional de mobilização na área da saúde, especificamente. Precisamos criar mecanismos de impedir o avanço do câncer de mama e creio que atitudes como essa favorecem e esclarecem ainda mais as pessoas sobre a necessidade de prevenção dessa doença. Parabenizando a todos os envolvidos na realização, gostaria de saudar a Ascom [Assessoria de Comunicação] pelo protagonismo por essa iniciativa e espero que a saúde da mulher alagoana tenha condições de avançar ainda mais”, destacou.

Uma das convidadas foi a ginecologista e mastologista do Hospital Universitário (HU), Marta Vasconcelos. Em sua palestra, ela alertou sobre a importância da detecção precoce da doença. “Se eu faço o diagnóstico de forma tardia não há como curar a paciente. Quanto mais cedo for detectada, mais rápido ela pode se curar”, disse, apontando que a detecção precoce no Brasil não vem ocorrendo porque os equipamentos oferecidos atualmente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) são defasados e de baixa qualidade.

Marta informou ainda que as mulheres devem ficar de olho! “O Ministério da Saúde orienta que dos 40 aos 50 seja bianual e que aos 50 anos, seja anual. Mas, o ideal é fazer uma mamografia já aos 35 anos e, a partir dos 40, deve ser anual – realizada uma vez a cada ano. Destaco que pacientes de alto risco devem frequentar o médico de seis em seis meses”, revelou a médica.

A nutricionista do Geap Saúde, Mariana Melro, parceiro do evento, falou sobre os alimentos saudáveis e que devem ser consumidos de forma adequada para se ter qualidade de vida e prevenir doenças e destacou que as pessoas devem se alimentar corretamente, ou seja, seis vezes ao dia, comendo de tudo um pouco. Já a presidente da Rede Feminina de Combate ao Câncer, Tereza Soares, falou sobre o direito das pacientes de começar o tratamento até 60 dias após o diagnóstico do câncer de mama, conforme previsto na Lei 12.732, e sobre o trabalho voluntário que é desenvolvido pela Rede.

Além do espaço de cuidados trazido pelo Núcleo de Saúde Pública (Nusp) da Faculdade de Medicina (Famed), o evento contou, ainda, com oficinas de amarração e lenços e de Sucoterapia. Essa última ensinou a preparar sucos saudáveis, ricos em vitaminas antioxidantes (A, E e C) e que irão auxiliar na melhora dos efeitos colaterais associados à quimioterapia.

A oficina foi ministrada pelas integrantes do projeto Belezaterapia, também parceira do evento. Quem participou do evento pode provar dos sucos e frutas servidos. Esse projeto tem por objetivo realizar ações de promoção da saúde para pessoas do Centro de Alta Complexidade em Oncologia (Cacon) do Hospital Universitário (HU), além de promover uma reflexão sobre o processo de tratamento e suas perspectivas, potencializar habilidades e recursos pessoais e promover integração da tríade paciente-acompanhante-equipe.

Na opinião da relações públicas da Ufal, Janaina Alves, o evento ficou acima de suas expectativas. “Achei que houve um engajamento muito grande por parte dos servidores e estudantes envolvidos na realização deste evento e isso significa que foi um acerto da Universidade em promover esta ação especial. Esse é um tema que a gente não pode e não deve se cansar de discutir, visto que, enquanto agente formador, a instituição pode endossar esse discurso quanto à prevenção do câncer de mama, que ainda mata muitas mulheres pela simples falta de informação”, destacou.

Os certificados de participação serão emitidos pela Pró-reitoria de Extensão (Proex) e serão enviados por e-mail.