Núcleo da Mulher mobiliza pelo fim da violência contra a mulher
Mobilização começa nesta terça-feira, 25, mas também acontece nos dias 1º, 6 e 10 de dezembro
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Redação Ascom
Esta terça-feira, 25 de novembro é uma data em que o mundo inteiro celebra como Dia de Luta pelo Fim da Violência contra a Mulher. O Núcleo Temático Mulher e Cidadania da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) faz panfletagem, nesta terça-feira no Restaurante Universitário, no Campus A. C. Simões, em Maceió. Esse dia foi demarcado pelo movimento de mulheres, como uma forma de lembrar a violência a que foram submetidas as irmãs Mirabal: Pátria, Minerva e Maria Teresa. Elas foram barbaramente assassinadas por uma operação militar do regime ditatorial de Rafael Trujillo na República Dominicana.
Também estão programadas outras atividades de conscientização em 1º de dezembro, Dia Mundial de Combate a AIDS, quando será debatida a feminilização da doença; no dia 6 de dezembro, quando aconteceu o Massacre de Mulheres em Montreal, será realizada a Campanha do Laço Branco, um dia Nacional de Luta dos Homens pelo fim da Violência contra as Mulheres; e 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos, será debatida como a violência contra as mulheres é uma ameaça e uma profunda violação dos direitos humanos.
Essas mulheres tinham uma atuação política muito importante, lutavam contra a ditadura, pela defesa da liberdade e dos direitos sociais e humanos. As heroínas ficaram conhecidas como Las Mariposas, codinome utilizado por elas nas atividades clandestinas em defesa da liberdade democrática. O Dia Internacional da não Violência contra a Mulher foi escolhido em um encontro feminista realizado pela Federação de Mulheres do mundo inteiro, em Bogotá, em 1981.
A Assembleia Geral da ONU, realizada em 1999, instituiu essa data como Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher, para convocar toda a sociedade a denunciar a violência que a mulher padece no cotidiano. A radiografia da violência, de acordo com o Relatório Nacional Brasileiro e da CPI da Violência evidencia que, no Brasil, a cada 15 segundos uma mulher é violentada e a cada duas horas uma mulher é assassinada.
Alagoas é o segundo Estado que mais mata mulheres, com uma taxa de 8.3 homicídios para 100 mil mulheres, de acordo com os dados apontados pela CPI da violência. Segundo a coordenadora do NTMC, Aparecida batista, o feminicídio é acentuado e as mulheres alagoanas padecem de todas as formas de violência doméstica (física, sexual, psicológica, patrimonial, e moral). O Movimento de Mulheres, a Delegacia da Mulher, e a imprensa têm registrado diariamente que elas são queimadas, torturadas, espancadas, estupradas, desqualificadas moralmente. No âmbito social, sofrem de violência institucional, além de assédio sexual e moral no trabalho e lesbofobia.