Ufal tem primeiro grupo de pesquisa específico para a área de Relações Públicas
Estudos se focam no gerenciamento de mídias digitais no setor público e na aplicação prática dos conteúdos aprendidos em sala de aula
- Atualizado em
Redação Ascom com Diogo Maia – estudante de Jornalismo
O Curso de Comunicação Social (COS) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) deu início, no dia 29 de outubro, ao primeiro grupo de pesquisa voltado especialmente para a área de Relações Públicas. O grupo Comunicação Organizacional e Relações Públicas (CORps) é um projeto certificado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). A equipe se dedica a estudar os processos comunicativos que o cenário digital estabelece com seus usuários-consumidores no universo da comunicação organizacional.
Com a participação de quatro professores pesquisadores, cinco bolsistas e dois voluntários, o grupo é liderado pela professora Mirtes Vitoriano Torres e realiza dois projetos simultâneos: Gerenciamento de mídias digitais como formas de humanizar os novos canais de comunicação no setor público e o Núcleo Prático de Relações Públicas (NUPrp). O primeiro propõe entender fundamentalmente a subjetividade social contida nos meios digitais, no intuito de humanizar as relações através da gestão do profissional de comunicação. Já o NUPrp, em que é oportunizado aos alunos o desenvolvimento prático das atividades de Relações Públicas, aprendidas na sala de aula, visando a uma aproximação com a realidade do mercado por mecanismos ligados a área de novas tecnologias e pesquisa de Opinião Pública.
A professora Mirtes Torres destaca que esses estudos possuem como objetivo dar subsídios para que os alunos desenvolvam atividades pertinentes a Relações Públicas e suas interfaces tecnológicas. “O estudante deve compreender tais conceitos em sala de aula e aprimorá-los na execução do projeto, vislumbrando a perspectiva da pesquisa ao desenvolver o estudo teórico do conceito e colocá-los diante das afirmações locais no segmento público atingindo a dimensão da extensão, contribuindo para sua formação acadêmica e profissional”, salienta.
Para os professores que participam do CORps, a experiência acadêmica é tanto do estudante quanto do orientador. “Enquanto professora e profissional de mercado, estar envolvida nessa pesquisa potencializa meu desempenho, pois estou sempre interagindo com a teoria e a prática. Além disso, sou oxigenada pelas ideias e motivação dos alunos que, ao fazerem os questionamentos, nos impulsionam a continuar buscando respostas”, afirma a professora Adriana Thiara.
O grupo também conta com a participação da professora Mirian Tenório, psicanalista, doutoranda, membro da interseção Psicanalítica do Brasil, Psicóloga pela Ufal e Mestre em Psicologia Clinica pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos-RS). Sua participação contribui para a realização dos planos de atividades individuais no que diz respeito à subjetividade do individuo em performances digitais organizacionais.
Outra professora que também está se integrando ao CORPs é Manuela Callou, com finalidade de contribuir no processo de reflexões e práticas da comunicação pública no âmbito organizacional. O grupo se reúne toda semana e estabelece como prioridade a produção de resultados da pesquisa, seja ela em publicações ou em participações de eventos, com as apresentações dos trabalhos.
Para o bolsista e estudante de relações públicas, Felipe Modesto, essa pesquisa é a propulsão que faltava para o curso de Comunicação Social ganhar mais notoriedade. “Participar do CORps tem sido algo desafiador e ao mesmo tempo maravilhoso, fugindo do comum da universidade e me colocando no papel de pesquisador para adquirir toda uma fundamentação teórica, através do conteúdo”, afirmou.
Com a proposta de esclarecer como as relações públicas atuam e auxiliam no gerenciamento das mídias digitais, a pesquisa atrai as expectativas dos bolsistas. “Espero poder diagnosticar e compreender de forma ampla essa diretriz de humanização dos canais de comunicação, contribuindo não só com a pesquisa acadêmica, mas também para os setores públicos analisados”, acrescenta a bolsista do grupo Flávia Matos.
Mais informações aqui.