Pesquisa revela perfil da avaliação física em academias

Jacqueline Freire – jornalista colaboradora 

A avaliação física é um importante fator para construção do programa a ser seguido pelo aluno numa academia. Ela é quem indica quais exercícios devem ser feitos, em que ordem e com que frequência. Além disso, a partir dela é possível fazer a prescrição e acompanhar a evolução do aluno. Com base nisso, o educador físico Ninrodes Oliveira, do curso de Educação Física da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), realizou um levantamento em 58 academias de Maceió, a fim de traçar um perfil da avaliação física que estava sendo feita nas mesmas. 

Os resultados geraram o artigo "Programa de avaliação em academias de ginásticas: o que se faz?" publicado recentemente na revista Brasileira de Atividade Física & Saúde - RBAFS, que é periódico oficial da Sociedade Brasileira de Atividade Física e Saúde; e revelaram uma necessidade das academias em investirem nos programas de avaliação, seja em equipamentos, ou treinamento dos seus profissionais. “Já que trabalhar no processo de avaliação numa perspectiva de saúde exige que o profissional tenha um bom conhecimento não apenas na realização de medidas e testes, mas principalmente que saiba interpretar o resultado e poder encaminhar o aluno para uma prescrição mais adequada para o perfil encontrado”, explica Ninrodes. 

Para ele, a publicação revela a relevância do tema, pois apesar das academias representarem um importante segmento no mercado de trabalho para os acadêmicos de educação física e do Brasil já ser o segundo país com maior número de academias no mundo, poucos trabalhos científicos são publicados com essa temática. “Depois destacamos também a abrangência do estudo, foram 58 academias envolvidas, o que representava metade desses estabelecimentos em Maceió na época, conta Ninrodes.

A pesquisa foi coordenada pelo professor Jean Toscano e deve agora enviar cópias do artigo para as academias da cidade. "Esperamos que a coordenação de cada academia possa discutir com seu grupo estratégias para seus programas de avaliação”, conclui. 

O artigo completo está disponível no link.