Comissão do PEXPG faz diagnóstico de três programas de pós-graduação
Energia da Biomassa, Zootecnia e Agricultura e Ambiente serão visitados pelo programa
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Jhonathan Pino - jornalista
Nesta quarta-feira, 13, tem início mais uma etapa do Programa de Qualidade e Excelência da Pós-graduação (PEXPG). O mestrado em Agricultura e Ambiente, do Campus Arapiraca da Universidade Federal de Alagoas, receberá a visita de uma comissão para acompanhamento do curso. O grupo formado por dois convidados externos e um membro interno irá reunir docentes e alunos para discutir os gargalos e propor melhorias.
“Essas visitas têm duração de um dia, quando o coordenador do curso faz uma apresentação. Após esse momento, temos uma conversa com todos os membros da pós-graduação, quadro docente, direção da unidade e técnicos, para detectamos as falas positivas e negativas. No final da manhã, a comissão conversa exclusivamente com os discentes, sem a participação da Propep e com a autonomia da comissão externa”, detalhou Irinaldo Diniz, coordenador de Pós-graduação da Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação (Propep).
Após a conversa, é elaborado um relatório com os pontos fracos e fortes do curso. Esse documento é entregue aos coordenadores do programa respectivo, que deverão desenvolver um Termo de Ajuste de Conduta (TAC), e aplicá-lo no decorrer do ano, com o intuito de atingir padrões de qualidade de excelência, em âmbito nacional e internacional.
“O objetivo é fomentar ao coordenador condições para que ele permita um planejamento do seu curso a curto, médio e longo prazos, a fim de que nós possamos qualificar esse curso. Essa qualidade vai refletir naturalmente no crescimento, na consolidação e no avanço da sua nota junto à Capes [Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior], que é o órgão que regulamenta a área”, acrescentou Irinaldo.
O coordenador relata que nas primeiras visitas já foram detectados a necessidade de reformulação de algumas linhas de pesquisa, áreas de concentração, além de alguns quadros docentes. Após o diagnóstico dos cursos há um prazo para a solução dos problemas. “Nós encaminhamos o relatório às coordenações dos cursos e colocamos alguns prazos para que as sugestões das atividades comecem a ser iniciadas. Haverá um segundo momento para que possamos analisar os efeitos dessas mudanças”, lembrou Irinaldo.
Nesta semana, além da pós-graduação de Arapiraca, serão avaliadas as áreas de concentração dos cursos, o quadro docente, a estrutura e a qualidade das publicações dos programas de Energia da Biomassa e Zootecnia, ambos do Centro de Ciências Agrárias (Ceca). O centro já havia recebido a visita dos membros em dezembro, quando o programa de Agronomia passou pela avaliação.
Vilma Marques, coordenadora do Programa de Pós-graduação em Agronomia, relata que a visita da comissão se deu em um momento em que ele acabara de ter seu doutorado aprovado pela Capes, o que significa uma melhoria da qualidade nos últimos anos. “A gente começou a se preocupar mais com a produção intelectual, que é o principal fator para que a Capes atribua o conceito do curso”, relatou a docente.
Segundo a coordenadora, a visita da comissão do PEXPG ajuda ao programa no estabelecimento de metas, como a definição de políticas de estímulo à publicação científica, à manutenção da nota 4 na avaliação quadrienal da Capes em 2016 e à consolidação do doutorado.
No entanto, a comissão apontou os aspectos negativos. “A gente tem alguns problemas que são estruturais, como a questão de energia elétrica e de internet, que são coisas que não dependem tanto do programa, mas da administração. Desde a visita de dezembro até agora, a gente não teve nenhuma ação concreta voltada para a questão de infraestrutura. Inclusive pela situação que estamos de contenção de gastos”, salientou Vilma.
Outra ação sugerida pelo relatório da comissão foi a modificação do Regimento Interno para estimular o comprometimento dos alunos com a produção intelectual de seus trabalhos. “Se a gente quer realmente passar para o conceito 5, para isso, precisa comprometer os alunos. Pois um grande problema quando a gente tinha apenas o mestrado é que o aluno o concluía e depois ia embora para outros programas e não publicava sua dissertação. Com a criação do doutorado, eu acredito que isso vai melhorar, porque eles vão continuar no programa e é provável que fiquem mais comprometidos com sua publicação”, ressaltou a docente.
Outro fator que poderá melhorar o conceito do curso é o aumento do quadro docente. “A gente tem de buscar na comunidade da Ufal, ou mesmo fora, um professor de uma determinada área do programa que seja produtivo, que tenha um alto índice de publicação. Isso é o principal fator limitante. Encontrar alguém que tenha essas características e que esteja disponível para participar do programa”, lembrou Vilma, que agora também será membro da comissão interna do PEXPG, em Arapiraca.
Sobre o PEXPG
Desde dezembro, já passaram pelo acompanhamento das comissões os programas de Proteção de Plantas, Química e Biotecnologia, Materiais, Física, Engenharia Química, Engenharia Civil, além de Recursos Hídricos e Saneamento. Visando a melhorar a qualidade, além do diagnóstico dos programas, a partir das visitas de acompanhamento, a Propep estabeleceu entre as metas do PEXPG o estímulo à publicação de artigos científicos, além do auxílio na revisão e tradução das publicações por meio de editais institucionais.
A partir do programa também serão desenvolvidas políticas de melhorias na infraestrutura; nos recursos humanos [dimensão, capacitação e valorização]; manutenção de equipamentos; incentivo à qualificação das revistas científicas; internacionalização das pós-graduações; divulgação de fontes de financiamento à pesquisa; além de prêmios para teses e dissertações de mérito científico e ciclo de conferências magnas.
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