Cortes no orçamento afetam funcionamento da Ufal

Pedro Valentim, pró-reitor de Gestão Institucional, alerta que vai ser preciso economizar


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Pró-reitor Pedro Valentim fala do esforço de redução de gastos na Ufal
Pró-reitor Pedro Valentim fala do esforço de redução de gastos na Ufal

Lenilda Luna - jornalista 

Desde o início do ano, campanhas de uso consciente de recursos mobilizam a comunidade universitária. Nos setores, os condicionadores de ar estão sendo ligados a partir das 10h e desligados no início da noite. Nos banheiros, cartazes alertam para a necessidade de reduzir o consumo de água, tendo o cuidado de fechar bem as torneiras. Esse esforço de redução de gastos deve continuar durante todo o ano, segundo o pró-reitor de Gestão Institucional, Pedro Valentim. "Não será um ano fácil e vamos precisar do engajamento de todos para que as atividades da Ufal continuem da melhor forma possível. Mas, já sabemos que o orçamento será apertado", alertou. 

Os problemas começaram ano passado, quando o Governo Federal não conseguiu cumprir a meta fiscal e foi preciso contingenciar recursos em todos os setores. "A Ufal deixou de receber em torno de R$ 20 milhões, em capital e custeio do orçamento de 2014. Com isso, acabamos atrasando alguns pagamentos, como o fornecimento de água, luz e serviços terceirizados", informou Pedro Valentim. 

Neste cenário, as negociações no Congresso se estenderam e foram bastante tensas, o que resultou no atraso da aprovação para o Orçamento de 2015. "O Projeto de Lei Orçamentária, que deveria ter sido aprovado em dezembro do ano passado, só foi votado em meados de março. A sanção da presidente só aconteceu no dia 20 de abril. Ainda estamos esperando a definição de onde serão os cortes do ajuste fiscal para saber qual é o tamanho do orçamento da Ufal", destacou o pró-reitor. 

O ajuste fiscal já foi discutido no Congresso. O texto base foi aprovado na última quarta-feira (6), mas ainda será preciso votar os destaques. Pedro Valentim ressalta que, independente do resultado, o cenário para 2015 não será fácil para as universidades federais. "Tivemos que gastar parte dos recursos previstos para esse ano com o pagamento de dívidas do ano passado, além disso, o repasse que não foi feito em 2014 só será pago em 2016 e 2017, porque o Governo já declarou que não tem condições de saldar essa dívida agora", pontuou. 

Segundo o pró-reitor, o repasse de recursos para as unidades acadêmicas da Ufal deve acontecer até o início de junho. "A partir de 20 de maio, prazo para a definição dos cortes, vamos saber quanto será o nosso orçamento e então poderemos planejar melhor o repasse de recursos para os vários setores da Universidade", esclareceu Pedro Valentim.