Novos desafios da engenharia em debate na 9ª edição do Conecte

Durante dois dias, evento buscou aproximar os estudantes do mercado profissional


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Auditório da Reitoria fica lotado durante palestra do diretor de Engenharias, Ciências Exatas, Humanas e Sociais do CNPq, Guilherme Melo
Auditório da Reitoria fica lotado durante palestra do diretor de Engenharias, Ciências Exatas, Humanas e Sociais do CNPq, Guilherme Melo

Wende Evangelho – estudante de Jornalismo

Os Novos Desafios da Engenharia foram debatidos durante o 9° Congresso de Engenharia, Ciência e Tecnologia (Conecte), realizado entre os dias 28 e 29 de maio no Campus A.C. Simões, em Maceió. Vários profissionais convidados buscaram aproximar os estudantes do mercado de trabalho no evento, que proporciona, ainda, a interação de todos os cursos do Centro de Tecnologia (Ctec) e abre espaço para exposição de pesquisas dos estudantes.

As mudanças no mercado se tornam o primeiro desafio dos graduandos e exige que o engenheiro seja muito mais antenado. E, de acordo com o diretor de Engenharias, Ciências Exatas, Humanas e Sociais do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Guilherme Melo, esse processo de transformação tem acontecido em um curto período de tempo. “O grande desafio do estudante de Engenharia hoje é estar o mais bem possível informado. O engenheiro atualmente precisa estar muito mais conectado, saber uma segunda ou terceira língua e, o mais importante, saber trabalhar sozinho”, afirmou.

A crise no fornecimento de água, foi outra área analisada durante o Congresso, tema abordado pelo engenheiro civil, Antônio Lanna. O pesquisador acredita que o atual problema abre perspectivas para estudos que busquem impedir que o ciclo se repita. “Essa crise gera uma série de oportunidades no sentido de evitar que ocorra novamente. Isso envolve tanto investimento na infraestrutura hídrica, como também no preparo das futuras gerações de engenheiros para promover uma melhor gestão dos recursos”, disse.

O Conecte contou com 600 alunos interessados em desvendar os caminhos trilhados pela profissão escolhida. Uma das participantes foi a estudante Geiza Gomes, do 9° período de Engenharia Civil do Ctec. “Os palestrantes trazem temas muito importantes para as engenharias. A gente fica muito atualizado com o conteúdo da nossa área. Meu objetivo também é ver o que os estudantes das outras instituições estão desenvolvendo”, contou.

De acordo com o membro da organização, Pedro Henrique, a coordenação do Congresso encontrou a necessidade de trazer as discussões voltadas ao mercado profissional. “A gente sentiu a necessidade de aproximar o mercado de trabalho da Academia. Então, o Conecte tenta fazer essa ligação: a gente traz profissionais renomados e pesquisadores da Universidade e juntamos isso com a apresentação de trabalhos de iniciação científica”, explicou.

Outras conquistas

Além da realização do Conecte, recentemente o Centro de Tecnologia da Ufal também comemorou outras duas conquistas: os 60 anos do curso de Engenharia Civil os 19 anos da Empresa Júnior de Engenharia Civil e Arquitetura (Ejec).

O coordenador de Engenharia Civil, Francisco Patrick Araújo Almeida, recordou momentos importantes. "No período da criação, em 1955, a Engenharia Civil funcionava com outros cursos pioneiros da Ufal, na Praça Sinimbu, Centro de Maceió. A transferência para o campus no Tabuleiro aconteceu no início dos anos 1970. Essa mudança foi importante para estruturar o Ctec da Universidade", disse.

Atualmente, o curso está muito bem-conceituado nas avaliações realizadas pelo Ministério da Educação (MEC). "Temos conceito 4 no Enade, numa escala que vai de 0 a 5. Em termos de notas dos alunos concluintes, estamos em 8º lugar no Brasil. Estamos avançando cada vez mais", garantiu o professor.

Já a Ejec, que completou 19 anos de atuação, na última quarta-feira (27), reforça o compromisso do curso desde sua implantação, em 1996. Criada pelo então estudante do curso, Josan Barros, a empresa conta com apoio dos docentes da unidade acadêmica e surgiu para possibilitar que os estudantes dos cursos vivenciassem na prática a futura profissão. Hoje, atua na produção de projetos e levantamentos arquitetônicos, de reforma, elétricos, hidros sanitários, ambientação e combate a incêndios.