Conexão entre Jornalismo, História e Literatura é tema de mesa-redonda no Caiite 2015
Palestrantes destacaram exemplos de jornalistas literários e suas contribuições para a história da Comunicação Social
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Tayane Barreto – estudante de Jornalismo
Na noite da última terça-feira (16), a sala Nega Fulô recebeu a mesa-redonda intitulada Jornalismo, História e Literatura como parte do eixo Cultura e Comunicação do Congresso Acadêmico Integrado de Inovação e Tecnologia (Caiite 2015). Coordenada pela professora Magnólia Rejane, da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), a atividade contou com as apresentações dos professores Rossana Gaia e Luiz Cunha, do jornalista Jhonathan Pino e do graduando José Gildo da Silva Júnior.
A coordenadora da mesa foi a primeira a dar sua contribuição para a discussão sobre a interconexão entre os três campos propostos no tema. Destacou que o Jornalismo Literário é uma projeção da subjetividade do autor a partir da apuração de um fato, é uma junção do texto narrativo com o conteúdo real.
Rossana Gaia, do Instituto Federal de Alagoas, abordou o subtema Os (Des)Caminhos da Narrativa e explicou que o termo entre parênteses significava a desconstrução contínua do conceito de objetividade como elemento fundamental do gênero jornalístico em questão. Trouxe ainda exemplos de jornalistas brasileiros que enveredaram pelo ramo da literatura e citou as características da crônica.
Já o professor Luiz Cunha, do Centro Universitário Cesmac, mostrou, por meio de imagens, a relação entre fotografia e literatura. Frisou que existe uma aprendizagem também na leitura das imagens e que a relação da palavra com a foto começou com a necessidade da legenda.
Em seguida foi a vez do jornalista Jhonathan Pino expor sua tese de mestrado denominada O imaginário de São Paulo por Lourenço Diaféria, onde ele faz uma análise das crônicas desse autor que defende que a história da cidade é composta por memórias, impressões e afetos dos seus moradores. “Lourenço fazia crônicas onde desvendava a cidade de São Paulo por meio dos hábitos, relações sociais e pontos de vista dos seus habitantes, que eram os protagonistas”, ressaltou.
Por fim, o estudante de Jornalismo da Ufal, José Gildo, apresentou o trabalho Octávio Brandão: a saga de um jornalista ecologista e comunista no século 20, resultado de uma pesquisa de iniciação científica que desenvolveu com a professora Magnólia. “Fiquei satisfeita com o resultado das discussões sobre campos fronteiriços do jornalismo. Além disso, foi uma oportunidade de troca com os colegas do Cesmac e do Ifal”, finalizou Magnólia.