Diretor da Finep aborda investimentos em Ciência e Tecnologia no Caiite

Jhonathan Pino - jornalista

O diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Rodrigo Rodrigues da Fonseca participou da conferência de abertura do eixo 5, Desenvolvimento Econômico e Sustentabilidade, nesta quarta-feira (17). Ele aproveitou a oportunidade do encontro com gestores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal) para falar sobre a política de investimentos em pesquisa e tecnologias no Brasil.

Rodrigo defendeu a importância do Estado num ambiente em que o empresariado ainda se apresenta de forma tímida nos investimentos para a inovação e lembrou que Finep é a única instituição no mundo que atua em todas as esferas do desenvolvimento científico e tecnológico. “Nós trabalhamos desde o momento das pesquisas e investigações, com os fundos de investimentos até os instrumentos de crédito”, ressaltou o diretor.

O representante da Finep destacou que a maior estabilidade dos programas o Ministério de Ciência e Tecnologia vem ampliando o percentual dos investimentos em relação ao Produto Interno Brasileiro (PIB) e que uma das metas é que aquele chegue a 1,5% das riquezas nacionais nos próximos anos. “No entanto, as empresas brasileiras ainda investem muito pouco e a gente espera que esse cenário mude com o Programa Nova Empresa”, destacou.

Outro ganho da Finep nos últimos anos foi a redução do tempo de resposta à demanda das instituições de pesquisa, que caiu de uma média de 367 para 34 dias. “Não adianta a gente demorar anos para investir em um projeto, pois com o passar do tempo as empresas repensam e desistem deles e as universidades acabam utilizando os recursos para outras coisas”, disse Rodrigo.

Público formado de gestores

Na plateia, a presença da vice-reitora Rachel Rocha e da pró-reitora de Pesquisa e Pós-graduação (Propep) da Ufal, do presidente da Fapeal, Fábio Guedes, além de pesquisadores do Instituto de Química e Biotecnologia da Ufal, como Eusébio Santana, Marilia Goulart e Edson Bento, ilustravam o interesse pela oportunidade de conversar com o gestor da Fapeal. No dia, eles fizeram cobranças para que a Finep tivesse maior sensibilidade para com as instituições da região. “É necessário que se leve em consideração as diferenças regionais para que o ciclo do subdesenvolvimento não se perpetue”, pontuou Fábio Guedes.

O presidente da Fapeal relatou que a Finep foi responsável pelo investimento de R$ 5,5 milhões no último ano. “Nós temos um convênio com a Finep, que é um Programa TecInova. Ele contempla três empresas, uma delas é a Hand Talk, que é um tradutor de Libras. São seis empresas da área de TI, uma na área de construção civil, na agricultura, na apicultura e mais uma na área do setor sucroenergético, com recursos que variam de R$ 50 mil a R$ 400 mil para processos de inovação tecnológica”, detalhou Guedes.

Simoni Meneguetti relata que a Ufal também vem se beneficiando com investimentos da Finep. No último edital do CT-Infra, em 1012, a instituição conseguiu aprovar cerca de 60% dos projetos enviados, uma média acima da nacional. “Nos projetos de infraestrutura, a Ufal vem participado e obtendo uma captação muito boa desses recursos. São várias linhas que a gente pode participar. As linhas de atuação são estratégicas para que qualquer estado da federação participe e para nós, em Alagoas, é muito importante que a gente consiga participar de todas essas linhas, pois são recursos que vem para a inovação, para o empreendedorismo e a infraestrutura da Universidade”, salientou a pró-reitora.