Empreendedorismo social é debatido no Caiite 2015
Mesa-redonda foi ministrada por professores da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Ufal
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Eduardo Lira – estudante de Relações Públicas
A sala Boa Noite recebeu, na quarta-feira (17), a presença dos professores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Ibsen Mateus Bittencourt e Nilson Cibério de Araújo Leão, para o debate sobre iniciativas empreendedoras de alto impacto social. Eles abordaram as especificações do empreendedorismo social que, por princípio, vai além do pensamento lucrativo existente em qualquer negócio, mas que objetiva principalmente a melhoria da realidade social. O lucro seria apenas o meio para a criação de negócios capazes de impactar os índices sócio-econômicos.
Sobre os obstáculos que os empreendimentos sociais enfrentam no Estado, o professor Ibsen afirma que as limitações são as mesmas de qualquer iniciativa no setor, seja em Alagoas ou em outro Estado, a lógica e complexidade são as mesmas, porém o viés social traz maiores dificuldades por depender de fatores humanos e políticos.
Para o professor Nilson Cibério, o fator cultural é a principal barreira para a expansão do empreendedorismo social em Alagoas. “Num estado como o nosso, campeão de indicies negativos, há um maior potencial para o florescimento de boas ideias e bons empreendimentos. Nós temos tudo para desenvolver uma boa estrutura para o empreendedorismo social”, apontou Nilson.
O professor acredita que para alcançar esse nível, o apoio do estado é importante ferramenta na consolidação de qualquer negócio social. No entanto, os empreendedores não devem permanecer como dependentes, devem encarar essa ajuda como um alicerce para seu crescimento e conquista de espaço, ao ponto de tornarem-se autodependentes.
Também focados em impactar os ouvintes presentes na sala, os professores citaram organizações como a brasileira Artemisa e a global Ashoka, organizações de grande reconhecimento e impacto, que apoiam empreendedores e instituições que tenham a intenção de transformar o Brasil e o mundo por meio de negócios lucrativos, com potencial de atender milhares de pessoas de baixa renda.