Energias renováveis foram tema de mesa-redonda no Caiite
Diversificação da matriz energética no Brasil foi abordada na atividade
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Natália Oliveira – estudante de Jornalismo
No quinto dia do Congresso Acadêmico Integrado de Inovação e Tecnologia (Caiite 2015), ocorreu a mesa-redonda Energias renováveis: diversificação da matriz energética brasileira. A atividade, realizada pelos professores da Universidade Federal de Alagoas, Agnaldo dos Santos, Luiz Carlos Molion e Fernando Pinto, abordou questões sobre o clima mundial e a utilização de energia renováveis, como a biomassa, solar e eólica, em substituição a fontes de energia não-renováveis, como o petróleo.
A mesa-redonda teve início com uma apresentação do panorama do clima mundial, especificamente sobre o aquecimento global e a emissão de gás carbônico na atmosfera, tratados em conferências políticas mundiais. Em seguida, o professor Fernando Pinto abordou a biomassa como fonte de energia alternativa para a realidade socioeconômica e ambiental brasileira. Ela é resultado do aproveitamento de resíduos orgânicos terrestres, como fezes de animais e bagaço de plantas, ou aquáticos, como micro e macroalgas marinhas.
A biomassa é utilizada na produção de energia a partir de processos como a queima de material orgânico em usinas termelétricas, que produzem um terço de toda a energia elétrica no Brasil. O etanol e o biodiesel são dois dos derivados da biomassa. O primeiro é extraído da cana ou do milho, por exemplo, enquanto o segundo é por meio de plantas como o babaçu e o buriti.
A energia solar foi outra alternativa de fonte renovável abordada durante a mesa-redonda. Já a energia eólica, embora seja uma energia que não gera poluição, está sendo desconsiderada, principalmente, devido ao elevado custo de manutenção dos aparelhos.
Para a realidade do Estado de Alagoas, de acordo com o professor Agnaldo dos Santos, as fontes de energias renováveis alternativas mais adequadas para gerar eletricidade são a biomassa, com o bagaço de cana, e heliotérmica, ou seja, energia solar térmica concentrada. Segundo ele, o Estado possui grande potencial energético.
“O etanol, originado da cana de açúcar, seria a melhor alternativa para gerar energia na região do litoral e agreste alagoano. A energia heliotérmica é a melhor opção para o sertão do Estado, onde há grande radiação solar”, explicou o professor.