Moda contemporânea também esteve na pauta do Caiite

Mesa-redonda foi realizada no último dia do evento por professores da Escola Técnica de Artes da Ufal


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Mesa sobre moda contemporânea no Caiite
Mesa sobre moda contemporânea no Caiite

Natália Oliveira – estudante de Jornalismo

A moda contemporânea foi tema do último debate na 3ª edição do Congresso Acadêmico Integrado de Inovação e Tecnologia. Promovida pelas professoras do curso técnico de Produção em Moda, da Escola Técnica de Artes (ETA) da Universidade Federal de Alagoas, Andréa Almeida, Elizete Menezes, Maíra Carneiro e Pollyanna Isbelo, a atividade abordou várias questões ligadas à moda na manhã do último sábado (20).

Durante a mesa-redonda, as professoras falaram dos múltiplos movimentos que caracterizam a moda atual, além de comportamento e tendências atuais do mundo fashion. A professora Andréa Almeida abordou a moda em figurino de espetáculos artísticos como peças teatrais, por exemplo. Ela explicou que, muitas vezes, não é possível montar um figurino como desejado.

“É preciso levar em conta características importantes como a iluminação no palco e a economia. Outro fator que deve ser considerado é o tipo de tecido utilizado, que seja de fácil limpeza, porque os artistas usam a mesma peça de roupa em mais de uma apresentação”, detalhou Almeida.

Outro ponto abordado na mesa-redonda foi a moda infantil, que, de acordo com a professora e designer de moda, Maíra Carneiro, requer atenção especial. “A criança de hoje tem o poder de escolher o próprio vestuário”, disse. Ainda de acordo com a professora, roupas infantis requerem certos detalhes como tecido e costura resistentes e tecidos leves e confortáveis. “Crianças são ativas, estão sempre brincando. As roupas que elas usam devem ser apropriadas para a realidade dinâmica que elas vivem”, destacou.

A ditadura da moda e a influência midiática também foram debatidas na atividade. Segundo as profissionais, as tendências da moda muitas vezes são ditadas pela mídia. "Roupas usadas por personagens de novelas são influência para muita gente. A busca por essas peças é grande nos centros de comércio de roupas, como no Brás, em São Paulo", revelou Elizete Menezes.

A professora da ETA ainda falou sobre a democratização da moda, onde pessoas com renda financeira mais baixa têm a oportunidade de comprar peças assinadas por  estilistas internacionalmente conhecidos. É o caso de lojas de departamento que vendem linhas de roupas desenhadas por nomes como Stella McCarteney e Dontalla Versace, por exemplo. "Eu enxergo que designers de moda querem que suas roupas sejam vestidas por todos, não somente para quem é de determinada classe social", opinou.