Proford apresenta resultados e traça os desafios para os próximos anos
Docentes apontaram caminhos para uma qualidade de ensino cada vez maior
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Janaina Alves – relações públicas
Professores da Ufal apresentaram os resultados que alcançaram no último ano com as ações do Programa de Formação Continuada à Docência do Ensino Superior (Proford). O coordenador do curso de Zootecnia da Ufal, Elton Lima Santos, mostrou os problemas enfrentados pelos docentes em seu cotidiano.
Segundo ele, a realidade dos professores universitários é cercada por dificuldades, como a falta de motivação, a deficiência na sua formação e a inexperiência em sala de aula. “Alguns professores estão ensinando como se estivessem no século 19, enquanto os alunos estão no século 21”, disse Elton.
De acordo com as pesquisas desenvolvidas no Centro de Ciências Agrárias (Ceca), os professores se queixam das condições de trabalho, da falta de articulação e integração entre os cursos, da política de amparo ao docente e, principalmente, da falta de tempo. Com base nessas considerações, houve a formatação de cursos e oficinas de atualização, onde foi possível interagir com outras áreas, outros educadores e trocar experiências.
O professor e coordenador do curso de Medicina do Campus Arapiraca, Rodrigo Freitas, relatou, ainda, o uso de novas metodologias de ensino, que foram trazidas de universidades de referência, como a Escola Multicampi de Ciências Médicas de Caicó, no Rio Grande do Norte, ligada à UFRN. “Com base nessas metodologias, nós asseguramos a formação de um profissional humanista no atendimento do paciente na sua comunidade e com o foco no médico generalista”, comentou.
A metodologia apresentada foi a PBL, do inglês Problem Based Learning, que significa Problema baseado no aprendizado. Essa metodologia trabalha com a desmistificação do processo de aprendizagem, no qual se acreditava que o professor é único instrumento de aprendizado do aluno.
Com isso, são criados problemas onde são trabalhadas várias habilidades dos alunos ao longo do curso, através de módulos que substituem as disciplinas. “Nesse formato, o aluno não vê as disciplinas isoladamente, mas de forma interdisciplinar ao longo de quase todo o curso, com níveis de dificuldade diferenciados para cada semestre”, concluiu.