Ciseco e Ufal promovem mais um Colóquio Semiótica das Mídias
Evento acontece em Japaratinga e está sendo organizado professores e alunos da Universidade
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Jhonathan Pino - jornalista
Entre os próximos dias 3 e 6 de novembro, a pequena cidade de Japaratinga, localizada a 118km ao norte de Maceió, será transformada, mais uma vez, na capital internacional da Semiótica. É que nesse período duas escolas públicas do município receberão pesquisadores da Europa e América do Sul para o 6º Pentálogo e 4º Colóquio Semiótica das Mídias, ambos organizados pelo Centro Internacional de Semiótica e Comunicação (Ciseco) e pela Universidade Federal de Alagoas.
No evento, dez grupos vão apresentar 90 trabalhos de diferentes temáticas. São investigadores, docentes e alunos de vários cursos, como Comunicação, Direito, Semiótica e Letras. “A Semiótica está numa região interdisciplinar. No Direito, eles trabalham muito a questão da argumentação. Na Arquitetura, a Semiótica é encontrada nas feições e fachadas da cidade, ou mesmo quando você cruza a memória e o desenho arquitetônico”, discorreu Sandra Nunes, coordenadora do curso de Relações Públicas da Ufal e uma das organizadoras do evento.
De acordo com Sandra, existem 15 alunos da instituição participando da organização do evento, responsáveis pela hospitalidade dos conferencistas que participarão do 6º Pentálogo. Nove integrantes desse grupo da Ufal também vão apresentar trabalho.
Da Universidade de Buenos Aires virá o professor Oscar Travessa; da Universidad de Morón, também na Argentina, Miguel Wiñazki; da Unisinus, de Porto Alegre, virá José Luiz Braga; da Universidade Nova de Lisboa, Portugal, Adriano Duarte Rodrigues; e da Universidade Nacional de Rosario, Argentina, Gastón Cigolani. Esses são alguns dos muitos nomes que estarão andando pelas ruas de Japaratinga e discutindo semiótica na próxima semana.
Sandra Nunes lembra que evento foi idealizado pelo diretor de honra do Ciseco, o argentino Elizeo Verón, falecido em abril do ano passado. “Uma vez, ele veio para Alagoas e se encantou por Japaratinga. Na época, ele trabalhava na França e como na Europa há uma tradição em que os pesquisadores tiram dez dias para sair da rotina acadêmica, para a reflexão, ele pensou que além de ser um paraíso, a cidade seria ideal pela equidistância entre a França e a Argentina”, relembrou a professora.
Nos últimos anos, uma das preocupações do Ciseco foi deixar um legado para a cidade, afora os benefícios econômicos com estadia de hotéis e a feira de artesanatos, frequentada pelos participantes. Por isso, além de doar ventiladores para as escolas utilizadas pelo evento, a organização resolveu ofertar oficina de fotografia artesanal para os alunos e professores dessas unidades de ensino. “A ideia é que eles montem suas próprias câmeras com latas e façam as fotografias, que serão reveladas e expostas durante o evento. Também estamos pensando em um projeto permanente de extensão para atender à comunidade por todo o ano”, frisou Sandra Nunes.