Definição do novo reitor ficou para o segundo turno

Jhonathan Pino - jornalista

Faltando cinco minutos para as 17h desta quarta-feira, 28, o Portal da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) divulgou o resultado do primeiro turno da consulta pública para escolha do novo reitor da instituição, ocorrida ontem (27). A página de apuração informava que a Chapa 2, formada por Rachel Rocha e José Carlos, obteve 38,23% dos votos gerais entre docentes, técnicos e alunos; Valéria Correia e José Vieira, membros da Chapa 1, receberam 35,44% e os candidatos Márcio Barboza e Eliane Cavalcanti, da Chapa 3, conseguiram 26,33%. Com isso, o pleito definiu as professoras Rachel Rocha e Valéria Correia para a disputa do segundo turno, que ocorre no próximo 5 de novembro.

O número de votantes foi o que surpreendeu os candidatos: 8.500. Apenas 5.800 discentes, de quase 35 mil existentes na Ufal, foram às urnas. Entre docentes e técnicos que foram aos pontos de votação, o percentual de participação foi um pouco maior: compareceram 1.052 professores, dos 1.800 existentes no quadro de pessoal; já nos técnicos, o número chegou a 1.236 dos 1.890 que integram a instituição. O número de votos em brancos e nulos foi 90.

A comissão comemorou a inexistência de problemas em todo o processo eleitoral. “Só houve impugnação de uma urna de Santana do Ipanema, pela Chapa 3, mas o próprio grupo retirou o pedido. O ponto negativo foi a grande abstenção, que acredito ter sido por causa da greve”, comentou Ricardo Coelho, representante dos docentes na Comissão Eleitoral.

Apesar de comemorar o resultado, Rachel Rocha lamentou o número baixo de votantes no pleito. “Acho que no processo democrático que a gente atravessou, infelizmente teve uma abstenção grande de discentes. Acho que a greve e os cortes federais também prejudicaram a campanha, mas espero que na próxima semana servidores e alunos percebam a importância desse pleito”, salientou a vice-reitora.

A segunda candidata a compor o segundo turno, Valéria Correia alegou que a consulta tem importância não só para a comunidade acadêmica, como também interessa a toda sociedade alagoana. “A perspectiva é de continuar a defender os mesmos princípios da universidade pública democrática, que vínhamos defendendo e conquistar novas adesões com os diálogos que faremos nos próximos dias. Acreditamos que a Universidade vai se renovar com esse processo eleitoral”, disse a diretora da Faculdade de Serviço Social.