Evento discute papel da universidade frente ao desenvolvimento da ciência e da tecnologia
Professor Renato Dagnino, da Unicamp, fez a palestra de abertura; evento faz parte da comemoração aos 25 anos da Fapeal
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Diana Monteiro - jornalista
O professor e pesquisador da Universidade de Campinas (Unicamp), Renato Dagnino, foi o convidado especial desta quarta-feira, 7, no do Ciclo de Conferências Magnas do programa de Qualidade e Excelência da Pós-graduação (PEXPG), da Universidade Federal de Alagoas. O evento foi uma promoção da Fundação de Amparo à Pesquisa de Alagoas (Fapeal) para marcar as comemorações por seus 25 anos.
Compondo a mesa de abertura, a pró-reitora de Pesquisa e Pós-graduação Simoni Meneghetti, a vice-reitora Rachel Rocha, o diretor-presidente da Fapeal Fábio Guedes, e o professor do Instituto de Física, Marcelo Lyra, coordenador do Programa de Pós-graduação em Física. Fábio Guedes e Marcelo Lyra também foram palestrantes na solenidade.
Rachel Rocha representou o reitor Eurico Lôbo e frisou a importância da parceria da Ufal com a Fapeal para o desenvolvimento dos estudos científicos. O que foi reforçado por Fábio Guedes, que destacou a participação de outras instituições de ensino superior de Alagoas para o fortalecimento da pesquisa e do desenvolvimento local.
Referência na área de Economia
Renato Dagnino falou sobre o papel da universidade frente ao desenvolvimento da ciência e tecnologia. “Temos que avançar a fronteira do conhecimento, mas precisamos saber que ciência e tecnologia queremos e como formaremos recursos humanos conectados com a realidade atual do desenvolvimento em nosso país”, destacou.
Coordenador do Programa de Gestão Estratégica da Unicamp, Renato Dagnino também é uma das referências nacionais e internacionais na área de Economia, focada no Estudo das Relações Sociais da Ciência e Tecnologia na América Latina e desenvolve atividades em vários órgãos nacionais e em vários países. É autor de mais de 60 artigos e já publicou três livros.
A palestra sobre O papel da Ciência e Tecnologia no desenvolvimento regional foi bastante concorrida e lotou o Auditório Vera Rocha, no Campus A. C. Simões. Os participantes acompanharam atentamente a contextualização feita por Renato Dagnino sobre a universidade no cenário econômico e social, e do quanto as fundações de Amparo à Pesquisa, como a Fapeal, podem contribuir para o desenvolvimento da ciência e tecnologia. Um dos destaques do pesquisador foi o Complexo Público do Ensino Superior de Pesquisa, conhecido como CPESP, onde fez a abordagem de seus aspectos, o que trata sobre a dinâmica de produção e difusão da tecnologia, frisando que o consumo brasileiro está cada vez mais focado em mercadoria importada.
“O Brasil foi o país que mais cresceu nos últimos anos, mas a enorme riqueza ficou concentrada nas mãos das elites”, disse o professor. Renato Dagnino informou que dos 204 milhões de brasileiros, 160 milhões estão em idade de trabalhar e, desses, só 45 milhões estão na economia formal. Falando sobre a urgente necessidade de reflexão, Renato Dagnino indagou: "Para que serve a pesquisa pública no capital avançado"?