Pesquisa de professor do Campus do Sertão torna-se referência em estudos de Linguística Queer
Estudo tem contribuído para a visibilidade dessa área no país e proporcionará a publicação de trabalho pela Appris Editora
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Diana Monteiro – jornalista
Os estudos desenvolvidos pelo professor Ismar Inácio dos Santos Filho no campo de Linguística Queer têm proporcionado que essa área passe a ganhar maior visibilidade no Brasil. Docente do Campus do Sertão da Universidade Federal de Alagoas, Ismar Inácio Filho ministrou, recentemente, aula no Programa de Pós-graduação em Letras na Universidade Estadual de Maringá, na disciplina Introdução à Linguística Queer, e também participou de conferência realizada no 26º Fórum Acadêmico de Letras (Fale), no Paraná.
Doutor em Linguística e docente do curso de Letras, Ismar desenvolveu estudo para a tese intitulada de A construção discursiva de masculinidades bissexuais em Linguística Queer, defendida em 2012, na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). A partir do estudo realizado, ele tem sido convidado para participar de conferências e eventos em outras instituições de ensino, a exemplo, das universidades federais do Mato Grosso (UFMT), do Rio Grande do Norte (UFRN) e de Pernambuco (UFPE).
Sobre a área em foco e objeto do doutorado, o professor disse desenvolver uma reflexão sobre Linguística Queer e performatividade: linguagem em performances de gênero e sexualidade, numa proposta de pensar os usos linguísticos e a performatividade de gêneros e sexualidades. O que leva, dessa forma, à reflexão a respeito da construção de subalternidades e precariedades, mas também de subversão de gêneros, sexualidades e desejos.
Ao explicar a área específica de estudo, Inácio enfatiza: “Linguística Queer é uma queerização dos estudos em linguagem, focalizando a relação linguagem, significado, sujeito e identidades [essa como performatividade], em nosso contexto de uma cultura heteronormativa, numa postura subversiva e que tem como propósito repensar os fundamentos linguísticos dos estudos queer, principalmente a partir das ideias da filósofa política Judith Butler; além de refletir acerca da estrutura do ato performativo e a inserção de uma autoridade moral vinculante nesse”.
O curso de Letras do Campus do Sertão, desde 2014, passou a ofertar a disciplina Linguística Queer e como disse o professor Ismar Inácio Filho, leva a Ufal a ser destaque como uma das principais instituições nessa importante e inovadora discussão.