Redes sociais são principais plataformas usadas para divulgar consulta pública na Ufal
Alunos e servidores comentam porque decidiram participar do pleito
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Jhonathan Pino - jornalista
Se há quatro anos o Twitter foi a principal ferramenta de divulgação da consulta para reitor da Universidade Federal de Alagoas, em 2015, as redes sociais continuam a todo vapor. No entanto, foi a partir do Facebook e do Instagram que grande parte dos docentes, alunos e técnicos puderam acompanhar a campanha dos três candidatos deste ano, Valéria Correia, Rachel Rocha e Márcio Barboza.
Os candidatos passaram nas salas de aula, visitaram setores e fizeram o corpo a corpo, mas o que realmente levou um grupo de alunos de Engenharia de Petróleo para as urnas nesta terça-feira, 27, foram as redes sociais. Estavam na quadra de esportes do Campus A.C. Simões José Caio de Melo, Jennifer Ferreira, Luana Agra e Jéssica Ferreira. Eles só vieram ficar inteirados sobre o processo da consulta para escolha da nova gestão da Reitoria na semana anterior. “Comparando com as eleições tradicionais, a consulta é mais tranquila, rápida e sem filas, como foi toda a campanha”, disse José Caio.
Para alguns, a tranquilidade era tão grande, que dava tempo de namorar enquanto caminhavam para o local de votação. Nem foram os cursos diferentes, nem a decisão em quem iriam votar que prejudicaram a relação de Gisele Siqueira, aluna de História licenciatura, e Felipe Bento, discente de Ciências da Computação. Juntos, desde maio eles vinham acompanhando as campanhas pelo que era compartilhado nas redes sociais.
Se no Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Artes (Ichca), Gisele pôde ver a campanha apenas pelos bottons que os professores usavam, Felipe, que é integrante do Diretório Central do Estudante (DCE), pôde acompanhar alguns dos debates in loco. “No IC [Instituto de Computação] um dos candidatos foi convidado para fazer uma visita à unidade e os alunos puderam ouvir o que ele tinha a dizer. Seria legal que outros pudessem ter tido essa oportunidade”, sugeriu Felipe.
Também foram as redes sociais que trouxeram Fábio Guedes, presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal) e professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (Feac), para participar do pleito. Ele espera ansiosamente pela definição dos nomes da nova gestão da Ufal, que é a maior parceira da Fapeal no fomento à pesquisa do Estado.
“Parte do estoque de bolsas é complementado pelas agências federais e a outra parte pela Fapeal. A fundação fornece 170 bolsas de mestrado, 40 de doutorado e são aportados recursos de infraestrutura para os 33 programas de pós-graduação da Ufal. As duas instituições também dividem as bolsas do Pibic [Programa Instittucional de Bolsas de Iniciação Científica]; são 700 fornecidas pela Ufal e 166 pela Fapeal”, detalhou Guedes.
O docente lembra que a consulta para escolha da nova gestão da Ufal não só muda a vida no campus, mas tem repercussão na disseminação acadêmica de todo o Estado.
Deve ser por isso que a servidora da Pró-reitoria de Pós-graduação e Pesquisa, Carolina Conde, disse que não deixaria de contribuir para a instituição que ela tanto ama. “Acompanhei tudo pelas redes sociais, o meu setor recebeu visitas de dois dos candidatos. Não vi o debate, mas não achei que teve bagunça, nem fofocas durante a companha, então foi tudo muito tranquilo”, comentou a técnica-administrativa.
Trabalho voluntário
Se as redes sociais foram essenciais para a divulgação das campanhas, a presença física das pessoas ainda é essencial para que o pleito se realize e o trabalho voluntário torna concreta a realização da votação. Do outro lado da mesa dos eleitores, estavam Rodrigo Monteiro, técnico do Departamento de Administração de Pessoal, e Maísa Isabele, estudante do curso de Química. Sem voluntários como eles, seria difícil a organização de mais de 30 mil eleitores. “Nunca é demais ajudar no processo eleitoral. Ao fazer isso, você está proporcionando os princípios constitucionais da democracia. Foi por isso que resolvi contribuir com o processo democrático e o exercício da cidadania”, frisou Rodrigo.