Fapeal apoia evento da Ufal de estímulo ao ensino de Matemática
Cerca de 170 alunos participam da Matfest que premiará melhores trabalhos dos ensinos Fundamental e Médio
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Tárcila Cabral - Ascom Fapeal
A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal) reafirma seu apoio ao Matfest 2015, evento promovido pelo Instituto de Matemática da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) por meio do edital de auxílio à organização de eventos científicos. O evento é o maior canal de divulgação da Matemática em Alagoas e, neste ano, conta com variada programação dentre palestras, debates, mesas-redondas e exposições.
Cerca de 170 alunos de escolas públicas e privadas, que são beneficiados no projeto de extensão dos acadêmicos do curso de Matemática, visitam o Campus A.C. Simões, em Maceió, desde a última segunda-feira (23). Dos estudantes, do nível fundamental e médio que expuseram seus trabalhos na terça e quinta, três melhores serão premiados em cada instância.
A semana conta com uma programação substancial. Enquanto no Instituto de Matemática funcionam atividades de ensino desenvolvidas com alunos de licenciatura em escolas, no Laboratório de Computação Científica e Visualização (LCCV) são expostos trabalhos acadêmicos de iniciação científica, executados a partir do exercício da pesquisa. O evento conta com a direção do professor Isnaldo Barbosa, que promove desde 2004.
“A ideia é aproximar o Instituto Matemática da sociedade Alagoana, para que ela aproveite o crescimento da qualidade da matemática no estado. Desejamos trazer outros alunos para o curso de Matemática a partir desse primeiro contato, para que eles despertem para essa ciência e queiram participar”, frisou o professor Isnaldo.
Entre as escolas que participam da semana levando alunos a apresentarem trabalhos realizados em conjunto com o curso, esteve presente o Centro Educacional Cyro Accioly. Especializado no atendimento de pessoas com deficiência visual, o Centro atende alunos sem restrição de idades, e complementa as atividades escolares.
“É muito interessante nós participarmos desse projeto, para que as pessoas reconheçam como conseguimos lidar com a Matemática e os recursos de acessibilidade. Mostrar o uso do braille e soroban é importante, é uma experiência incrível principalmente para mim, que estou apresentando pela primeira vez”, explicou Jociara de 17 anos, aluna do Centro Educacional Cyro Accioly, que deseja ser psicopedagoga.
Na feira, os estudantes – inclusive os deficientes visuais – aplicaram o estudo da matemática de forma assistida, expondo na mesa as dificuldades e experiências vivenciadas com o uso da Matemática no cotidiano. Foi apresentada a utilização de aparatos especializados para auxiliar na aprendizagem, como o soroban, para cálculos matemáticos e o braile, para a escrita. Por fim, foram colocados os objetos necessários à locomoção e vivência em sociedade, como a bengala e o piso tátil.
“O soroban funciona como o nosso papel e lápis nos cálculos matemáticos. Nos ajuda a não esquecer os números na realização de contas e nós podemos levá-lo para as provas, como no Exame Nacional do Ensino Médio e em concursos”, alegou Lucas Mateus de 17 anos, aluno do Centro Educacional Cyro Accioly, que pretende prestar o Enem para Direito.
“Na Matfest a gente aprende e ensina, nós entramos com informações e saímos com muito mais nessa troca. Mostrar as noções de acessibilidade é fundamental para que o público conheça mais e saiba como se relacionar com a gente”, disse Alex Liberal de 17 anos, aluno do Centro Educacional Cyro Accioly, que deseja cursar Cinema.
Ao todo 57 trabalhos foram submetidos para as exposições, destes 47 foram selecionados para apresentação no LCCV. A premiação será realizada nesta quinta, 26, no auditório da reitoria da Ufal as 19h, contemplando os 3 melhores projetos do ensino fundamental e os 3 melhores do ensino médio.