Associação do Distrito Industrial de Marechal Deodoro apoia atividades de empresas juniores

Parceria busca aproximação entre mercado e universidade


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Raphael Bastos e Kerolayne Ancelmo revelam necessidade de federalização das empresas juniores para que possam receber suporte financeiro externo
Raphael Bastos e Kerolayne Ancelmo revelam necessidade de federalização das empresas juniores para que possam receber suporte financeiro externo

Jhonathan Pino - jornalista

Desde setembro passado, a Associação das Empresas do Distrito Industrial de Marechal Deodoro (Assedi-MD) vem firmando parceria com a Federação das Empresas Juniores do Estado de Alagoas (Fejea) para dar apoio financeiro e criar uma agenda comum entre as duas entidades. Isso representará uma nova possibilidade para que empresas juniores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) possam realizar suas atividades.

A Fejea é formada por quatro empresas juniores federadas, sendo três delas da Ufal: a Jrs. Consultoria, do curso de Administração; a Ejec, dos cursos de Engenharia Civil e de Arquitetura, e a Protec Jr., de Engenharia Química e Ambiental. A outra, a AEC, é ligada ao Centro Universitário Tiradentes, e atua em conjunto na disseminação da cultura do empreendedorismo no Estado.

“Nós temos diversos ações, por exemplo, o programa de expansão, para a criação e regularização de novas empresas juniores, aqui no Estado; temos quatro ou cinco eventos durante o ano, de apoio ao empreendedorismo e ao desenvolvimento do empresário júnior. Fazemos ações e campanhas e representamos o nosso Estado perante a Brasil Júnior. Vamos para outros estados e muitas vezes não temos condições. Essa parceria é uma forma da Assedi apoiar tudo isso”, detalhou Kerolayne Ancelmo, aluna de Engenharia Civil da Ufal e presidente da Fejea.

Com o apoio da Assedi, os participantes poderão atuar diretamente nas empresas associadas ao Distrito de Marechal e, para isso, já estão sendo montados programas de visitas as suas instalações. “Queremos fazer, por exemplo, que os alunos de Engenharia Ambiental e Química possam visitar a Braskem e, quem sabe, eles façam um processo seletivo personalizado para os empresários juniores”, pontuou Kerolayne.

A Assedi reúne 13 empresas do setor petroquímico, tecnológico, de prestação de serviços e cerâmica. Raphael Bastos, responsável executivo da associação, revela que no momento, a entidade vem buscando ações mais estratégicas de atuação na sociedade. “Ao tentar se aproximar da Universidade, principalmente da Fejea e do movimento júnior, a gente está tentando criar um elo forte com os estudantes mais sérios e dedicados. Principalmente os alunos que já trabalharam com as empresas juniores. Por exemplo, a gente está estudando a possibilidade de fazer treinamento dentro das empresas com esses alunos”, destacou.

Para a associação, o retorno de tal parceria poderá ser realizado em serviços de consultoria, ofertados pelas empresas juniores, como também na preparação de pessoal para que respondam às demandas específicas de sua cadeia industrial. “A gente está falando de empresas gigantes. A Braskem, por exemplo, eles têm processos produtivos extremamente complexos lá dentro. Então, é interessante, em um dado momento, a Protec Jr. ir lá e aprender um pouco desses processos; isso é uma possibilidade real”, frisou Raphael.

Também estudante do curso de Engenharia da Computação da Ufal, Raphael disse que a iniciativa surgiu de experiências fora do país. “Eu entrei na Assedi em agosto e percebi que não existia muito essa interação com a Universidade, e, por eu já ter feito intercâmbio, participei do Ciências Sem Fronteiras ano passado, percebi que lá essa interação mercado-universidade é feita de uma maneira muito diferente do que é aqui. Daí, fui buscando maneiras de aproximá-los e esta é uma forma. A gente está estudando projetos de pesquisa em algumas unidades e formas das próprias empresas apoiarem aqui e criar uma ponte entre elas”, planejou o representante da Assedi.