Ufal sedia 6º Encontro de Educação Inclusiva e no Nordeste o 1º de inclusão no ensino superior

Wende Evangelho e David Cardoso - estudantes de Jornalismo 

A Educação Inclusiva será discutida durante três dias na Universidade Federal de Alagoas (Ufal), por meio do 6º Encontro de Educação Inclusiva e o 1º Encontro Nordestino de Inclusão na Educação Superior, que traz como tema Construindo caminhos para uma Educação Inclusiva: encontros e desencontros. O evento acontece até esta sexta-feira, 4, e dentro da programação existem espaços para a trocas de experiências entre os educadores que tem desenvolvido mecanismos para realizar a inclusão e interação em sala de aula. 

A cerimônia de abertura realizada no auditório da Reitoria contou com a participação da Professora Vera Capellini, da Universidade Estadual Paulista (Unesp). Educadores como Cícera Oliveira e Affonso Tavares, que desenvolveram um livro sensorial adaptado para múltiplas-deficiências, utilizado em uma unidade municipal de ensino em Pão de Açúcar. “Nosso trabalho na sala de recurso foi estimular uma prática inovadora na educação inclusiva com um material que seja adaptado tanto nas deficiências especificas do aluno, como abrir novas visões para outros profissionais na área, tanto da educação especial como também na sala comum”, explicou Cícera. 

“A gente incentivou o trabalho lúdico, tanto na sala de recursos como na própria sala regular. Então fizemos um trabalho com o livro sensorial adaptado ao aluno surdo, que também tem a deficiência física e intelectual, no caso ele é para múltiplas deficiências”, completou Affonso. 

O encontro é uma iniciativa do Núcleo de Estudos em Educação e Diversidade (Needi) e do Núcleo de Acessibilidade da Ufal (NAC), cujo objetivo é propiciar vivências e oportunidades, além de discutir temáticas para que os participantes estejam mais engajados no processo por meio de palestras, oficinas, mesas redondas, apresentações culturais e outras atividades. Aproximadamente 300 pessoas se inscreveram no evento, entre professores e alunos de diferentes estados. 

As atividades desenvolvidas durante o evento são fundamentais para o aperfeiçoamento prático de cada profissional. A Professora Neiza Fumes, coordenadora do Núcleo de Acessibilidade, falou da importância do modelo estrutural do evento e os resultados positivos que já foram colhidos. "Os principais resultados apareceram a partir do que já foi discutido nas edições anteriores. As práticas compartilhadas, o conhecimento adquirido na faculdade e posteriormente o compartilhamento dessas experiências. Tudo isso contribui para a formação dos profissionais", destacou. 

Núcleo de Estudos em Educação e Diversidade 

O foco do núcleo é pesquisar a prática de inclusão e discutir coletivamente temas como: a formação de professores; prática pedagógica, interações na escola inclusiva, estratégias para facilitar o processo de ensino-aprendizagem, inclusão no ensino superior, a Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), tecnologias assistivas, políticas públicas, avaliação da aprendizagem e os diversos tipos de deficiências. 

Atendimento Educacional Especializado 

É um serviço da Educação Especial que identifica, elabora e organiza recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando as suas necessidades específicas. Complementa e/ou suplementa a formação dos profissionais e alunos com vistas à autonomia e independência na escola e fora dela e trabalha a sensibilização dos mesmos.