Ufal recebe renomado pesquisador na área de Linguística

André Ferro – estudante de Jornalismo

A Faculdade de Letras (Fale) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) receberá o pesquisador norte-americano Daniel Everett no próximo 14 de março. No evento organizado pelo Grupo de Estudos em Fonética e Fonologia da Ufal, o professor fará duas palestras sobre temas como cultura de negócios e comunicação. A Ufal é a única instituição brasileira que Everett vai visitar no Brasil. Trata-se de uma oportunidade única para ouvi-lo. A palestra será em português e será transmitida no canal Youtube do grupo de pesquisa que está organizando o evento, fonUfal: A Implausibilidade de uma “Gramática Universal”.

As palestras serão vão acontecer no auditório da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (Feac), no Campus A.C. Simões. Às 10h, Everett discutirá o que seria uma “cultura de negócios”, com a palestra que tem como título Culturas de negócios e a fusão educacional, questionando se a cultura tem alguma influência no dia a dia de uma firma ou se é apenas uma ferramenta de marketing. A fala se baseia em sua pesquisa original exposta no livro Dark Matter of the Mind: The Culturally Articulated Unconsious.

Às 14h, o professor falará sobre os resultados das pesquisas conduzidas por ele quanto a língua Pirahã. O idioma é falado por cerca de 400 indígenas que vivem ao sul do Amazonas e confronta a tese de que existe uma gramática universal, como propõe Noam Chomsky. Para Everett, a gramática não é algo biológico, mas uma ferramenta aprendida culturalmente, de acordo com as necessidades de cada sociedade.

Daniel Everett nasceu no Estado da Califórnia, nos Estados Unidos. Ele é conhecido por ser o maior conhecedor da cultura e da linguagem amazônica Pirahã. Daniel foi um missionário cristão formado pelo Moody Bible Institute, de Chicago, e, posteriormente, pelo Summer Institute of Linguistics (SIL Internacional).

Por conta própria, decidiu ir estudar o idioma amazônico Pirahã e acabou se aproximando da Universidade de Campinas (Unicamp), que deu suporte para o desenvolvimento desse estudo. Durante sete anos, viveu com o povo indígena e hoje é tido como o maior conhecedor da linguagem e da cultura Pirahã.

Saiba mais sobre o trabalho do professor Daniel Everett.