Simpósio de Engenharia de Petróleo debate mercado de trabalho e perspectivas do setor

O evento também celebra os 5 anos de criação do curso de Engenharia de Petróleo na Ufal


- Atualizado em
Reitora defendeu a nacionalização da exploração do Pré-sal
Reitora defendeu a nacionalização da exploração do Pré-sal

Lenilda Luna - jornalista

Foi aberto na manhã desta quinta-feira (6), com a presença da reitora da Ufal, Valéria Correia, o 2º Simpósio de Engenharia de Petróleo, que está sendo realizado no auditório do Laboratório de Computação Científica e Visualização (LCCV). As atividades prosseguem até sábado (8), reunindo estudantes, professores, pesquisadores e profissionais do setor de óleo e gás para discutir sobre os avanços tecnológicos, as problemáticas do setor e disseminar o conhecimento nas mais diversas áreas da Engenharia de Petróleo.

Na solenidade de abertura, o professor José Luis Gomes Marinho, coordenador do curso de Engenharia de Petróleo, destacou que nesses cinco anos a graduação está sendo consolidada e novas professores foram contratados para fechar o quadro docente. "Vamos formar os dois primeiros alunos, um fez estágio aqui na Ufal e o outro na Petrosynergy. Temos agora uma coordenação de estágio que vai buscar vagas de estágio para concluir a formação dos demais alunos. Estamos melhorando os laboratórios, temos já a empresa júnior e tivemos um conceito 4 na primeira avaliação do MEC. Então, apesar das dificuldades, temos muito a comemorar", disse o coordenador.

Entre os fundadores do curso convidados para o evento, o professor Eduardo Setton e a professora Aline Barbosa destacaram que o curso foi construído com a disposição de enfrentar desafios e colaborar com o desenvolvimento científico-tecnológico do país, numa área estratégica como é a de energia. "Estamos honrados em fazer parte dessa história, que foi construída numa estratégia nacional de capacitar profissionais para a cadeia produtiva do petróleo. É uma área em expansão, ainda que enfrente crises cíclicas", ressaltou Setton.

O palestrante da manhã, professor Florival Rodrigues de Carvalho, da UFPE, tem uma larga experiência na área e a partir de 2007 foi cedido para ocupar o cargo de Superintendente de Planejamento e Pesquisa na Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Entre junho de 2011 e junho de 2015 ocupou o cargo de Diretor da ANP. Durante a solenidade de abertura, ele também tranquilizou os alunos com relação ao mercado de trabalho. "Nos próximos 50 anos, o petróleo ainda será a principal fonte de energia no mundo e serão necessários profissionais especializados para esse setor", garantiu o pesquisador.

A reitora Valéria Correia parabenizou aos estudantes e professores do curso, que já inicia com uma ótima avaliação no MEC. Valéria destacou que a gestão considera a área de energias um assunto prioritário e criou um grupo de trabalho para discutir os recursos energéticos de Alagoas e preparar um seminário sobre o tema. "Quero aqui também colocar a minha posição contrária à lei, aprovada na Câmara Federal nesta quarta-feira (5), que libera as multinacionais para explorar o pré-sal sem a Petrobrás. O Petróleo é nosso e o pré-sal deve ser nosso. Essa lei é um retrocesso", declarou a reitora.

Finalizando a solenidade, os alunos de Engenharia de Petróleo entregaram placas homenageando à reitora e aos professores. Os dois primeiros alunos que vão se formar no curso, Eduardo Parannhos e Jeremias Christian destacaram a emoção de serem os primeiros concluintes do curso. Eles destacaram a qualidade dos professores e a formação sólida que receberam. Christian pretende fazer concurso para a Petrobras e Eduardo também tem planos de atuar no setor e continuar os estudos. "Desde que surgiu o curso eu vi a oportunidade de participar dessa história e procurei dar o meu melhor para deixar minha marca na Ufal", finalizou o aluno.