Bosque em Defesa da Vida realiza 2ª Cantoria no Campus A. C. Simões
Atividade integra projeto de extensão elaborado para as ações na área com participação da comunidade externa
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Diana Monteiro - jornalista
A 2ª Cantoria realizada no Bosque em Defesa da Vida marcou na tarde de terça-feira (1º de novembro) mais uma atividade do projeto de extensão em desenvolvimento para a área na Universidade Federal de Alagoas, sob a coordenação da professora Regina Coeli, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) e com participação das professoras Ruth Vasconcelos e Elaine Pimentel, respectivamente, do Instituto de Ciências Sociais (ICS) e Faculdade de Direito (FDA).
À frente do Núcleo de Estudos sobre a Violência em Alagoas (Nevial) da Ufal a professora Ruth Vasconcelos informa que o projeto de extensão Bosque em Defesa da Vida: ações estruturantes e de integração comunitária, tem a finalidade de envolver a comunidade circunvizinha ao Campus A. C. Simões, por meio da Escola Denisson Meneses. Segundo ela, com resgate da história de vida representada, simbolicamente, por um jovem da comunidade vitimado pela violência. O projeto foi aprovado este ano em Edital do Programa Círculos Comunitários de Atividades Extensionistas (ProCCAExt), da Pró-reitoria de Extensão (Proex).
Consolidando-se como uma das atividades do projeto, a segunda cantoria, tendo como repertório conhecidas canções da Música Popular Brasileira (MPB), contou com a presença de familiares e amigos de vítimas de violência em Alagoas. Teve também a participação do grupo de trabalho interdisciplinar Amigos e Cuidadores do Bosque (ACUB), que visa consolidar o espaço como uma área verde permanente da Ufal, assim como a necessidade de sua manutenção.
Segundo a coordenadora do Nevial Ruth Vasconcelos, o Bosque em Defesa da Vida conta com o apoio institucional para manutenção e para as ações visando transformá - lo em espaço de integração, como também espaço pedagógico. “Durante reunião com o vice-reitor José Vieira, em seu gabinete, recebemos o apoio para a realização de atividades no Bosque com a finalidade de otimização das atividades envolvendo a comunidade acadêmica e externa”, reforçou. O projeto de extensão contempla uma equipe de alunos dos cursos de Direito, Ciências Sociais e Arquitetura.
Ruth adiantou que projetos paisagísticos complementares para o Bosque referentes à iluminação e ao piso estão sendo elaborados por alunos do curso de Arquitetura. Colaboram ainda para a adequação do espaço a professora Graziela Curi, do Instituto de Ciências Biológicas Socias e da Saúde (ICBS) e o professor Dilson Batista, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, também com atividades na Superintendência de Infraestrutura (Sinfra).
Resgate e laços sociais
Criado em 2011 durante realização do 11º Ato do Programa Ufal em Defesa da Vida, um dos objetivos do Bosque é estimular e fomentar atividades políticas, sociais, culturais, artísticas, científicas e acadêmicas em torno dos temas Violência, Segurança Pública e Direitos Humanos. Como resgate de história de vida de alagoanos vítimas de violência, durante o ato foram plantadas 140 árvores, com replantio quando há necessidade. O bosque é dotado de árvores como: craibeiras , ipês, pau-ferro, pau-formiga, aroeiras, canafístulas, patas de vaca, paineiras, braúnas tendo em seu centro a planta africana baobá, tida como sagrada.
“Estamos trabalhando para transformar o Bosque Em Defesa da Vida em espaço pedagógico visando trazer a consciência crítica contra a violência e reforçar o seu sentido, que é estimular ações de pacificação e justiça social, fazer com que as pessoas se impliquem com o fortalecimento dos laços sociais e estimulem ações de solidariedades no convívio social, reforçando assim, o papel da universidade numa sociedade”, concluiu a socióloga Ruth Vasconcelos.
Ela aproveitou para informar que a próxima edição da Cantoria no Bosque vai haver o plantio de uma árvore simbolizando o saudoso professor do Instituto de Química e Biotecnologia (IQB) Daniel Thiele, brutalmente assassinado em Alagoas.