Reitora reúne-se com comando de greve para discutir serviços essenciais

Organização do Caiite, realização dos concursos com editais já publicados, pagamentos e colações de grau foram as prioridades debatidas


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Valéria Correia reuniu-se com o comando de greve dos técnico-administrativos da Ufal
Valéria Correia reuniu-se com o comando de greve dos técnico-administrativos da Ufal

Lenilda Luna - jornalista

A reitora Valéria Correia reuniu-se com o comando de greve dos técnico-administrativos da Ufal, na manhã desta quinta-feira (10), no prédio da Coordenadoria Institucional de Educação a Distância (Cied), onde está funcionando a gestão durante a ocupação dos estudantes na reitoria.

O objetivo foi debater quais são os serviços essenciais que devem ser mantidos durante a greve da categoria contra a PEC 55. De início, a reitora ressaltou o compromisso da gestão de não criminalizar os movimentos reivindicatórios. "Temos um grande respeito, pela história dos componentes dessa gestão,  à autonomia dos segmentos da comunidade universitária e queremos manter um diálogo permanente com todos os segmentos", ressaltou Valéria Correia.

A reitora citou ainda a aprovação da moção de apoio à greve dos técnicos e o repúdio  à PEC 55. "Essas decisões demarcam as posições políticas desta gestão, que foram apresentadas e aprovadas no Consuni. Lembramos que na greve do ano passado a moção dos técnico-administrativos sequer foi lida", relembrou a reitora.

Sobre a decisão do STF de recomendar o corte de ponto dos grevistas, Valéria Correia informou que a Andifes vai aguardar publicação do documento para tomar as medidas. " Reconhecemos a legitimidade da greve já que houve um descumprimento do acordo de 2015, com a apresentação de uma PEC que congela salários. Os reitores vão agir conjuntamente no sentido de não punir quem participa de uma manifestação justa", destacou a reitora.

O comando de greve também apresentou as razões que legitimam a greve. "Este movimento grevista já começou forte e está consolidado nacionalmente. Na próxima semana, devemos atingir a totalidade das Ifes. Isso se deve a preocupação da categoria com medidas que atingem duramente a nossa carreira. Na Ufal, a greve foi aprovada por unanimidade", ressaltou Davi Fonseca, coordenador geral do Sintufal.

Essencialidades

A reitora justificou o ofício da gestão, apresentando quais os serviços considerados essenciais neste período de greve. As questões apresentadas são a manutenção do Caiite, realização dos concursos com editais já publicados, pagamentos e colações de grau. "Temos a compreensão da importância desse movimento e queremos negociar ouvindo as considerações do sindicato", ponderou Valéria Correia.

O comando de greve enfatizou a importância de suspender todos os serviços que não estejam diretamente relacionados à manutenção da vida, no Hospital Universitário, e de pagamentos que têm prazos definidos legalmente. "Fora essa exceções, precisamos parar a Ufal para lutar por nossos direitos", enfatizou Evilásio Freire, coordenador geral do Sintufal.