Tenda de Educação Popular em Saúde divulga programação para o Caiite

Rodas de conversa abordarão temas políticos, socias e de saúde


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Pai Manoel do Xoroquê
Pai Manoel do Xoroquê

Redação Ascom

Durante a realização do Congresso Acadêmico Integrado de Inovação e Tecnologia (Caiite) de 8 a 10 de dezembro, a Tenda de Educação Popular em Saúde Damião Alexandrino marca presença com a organização de rodas de conversa sobre os impactos da PEC 245/55, uso de fitoterápicos e plantas medicinais, violência e as opressões étnico-raciais e de gênero dentro das universidades e outros temas do cotidiano.

Durante os dias de evento também haverá espaço de cuidados com aplicação de Reiki, massagem, reflexologia, auriculoterapoa e outros cuidados, além da distribuição de mudas medicinais. Também haverá exposição de artesanato das artesãs da economia solidária da comunidade do Tabuleiro. A professora Edna Bezerra é uma das organizadoras da Tenda e coordenadora do projeto Herança africana do Afoxé Povo de Exu – resgatando a cultura e a religião afro.  

O objetivo do evento é discutir a política nacional de educação popular em saúde e o seu impacto com a PEC 241; difundir as terapias holísticas e complementares para a comunidade  universitária e demais participantes do congresso e aproximar a Universidade aos movimentos sociais. A ideia é realizar uma adaptação da ideia dos círculos de cultura desenvolvidos na pedagogia freiriana, que prevê a estruturação de espaços de debate e leitura/análise coletiva sobre contextos e situações problema, aqui trazidos a partir de temas previamente definidos.

A programação conta com rodas de conversa sobre opressões étnico-raciais, intolerância religiosa e diversidade sexual. Para a professora Lígia Ferreira, diretora do Neab, “essa é uma das atividades de suma importância para quem participará do Caiite 2016, pois ao discutirmos sobre questões étnico-raciais propomos novas formas de pensar, dizer e ser em nossa sociedade brasileira, principalmente em Alagoas, com altos índices de violência contra jovens negros e mulheres negras. O Neab-Ufal sempre defendeu e continuará defendendo os princípios de pertencimento étnico que levou à morte alagoanos e alagoanas silenciados pelas elites político-econômicas, a exemplo d’ O Quebra de 1912, ato histórico de intolerância religiosa, que se repete cotidianamente”. 

Fernando Cirino, filho de santo do Pai Manoel Xoroquê afirma que “discutir e aprofundar esse assunto é algo urgente e que deve ser feito em todos os espaços possíveis, no espaço acadêmico há uma maior abertura, mas não é o suficiente, devemos estar nas escolas, conscientizando as crianças e adolescentes, devemos pressionar os governos para que façam ações no sentido de reparar essa discriminação histórica. Se cavarmos um pouco mais fundo veremos que a intolerância religiosa contra as religiões de matriz africana tem também raízes no racismo, que é uma pauta constante no dia a dia do povo brasileiro”.

Confirma a programação completa abaixo.

Dia 08/12 (abertura)

09h – ACOLHIMENTO COM VIVENCIA DE BIODANÇA - Facilitadoras: Fabrícia Correia de Oliveira

9h40 – ABERTURA DA TENDA – Convidados: representante do Gabinete da Vice-Reitoria, Diretor da Faculdade de Medicina, Professor Francisco Passos, representante da Pro-reitoria de Extensão, Coordenação do Núcleo de Saúde Publica, Coordenação de Extensão da FAMED – Professora Josineide.

10h-120h-  RODA DE CONVERSA: Impactos da PEC 241/55 na Saúde do povo brasileiro e a perda de direitos.

Convidados: presidente do Conselho Estadual de Saúde, Representante da Coordenação do NUSP, Suely Nascimento, Professor José Meneses – professor de Economia do Campus Sertão. Representantes do FÓRUM-SUS/AL.

13h30 – Vivencia de Lian gong com Eneida. 

14h30 - RODA DE CONVERSA – USO DE FITOTERÁPICOS E PLANTAS MEDICINAIS. Facilitadores: Tobias de Souza Falcão, Irmã Raimunda, representante do setorial de saúde do MST, Maria Inês Marcelino – educadora popular, Iris Aline Pereira Da Silva – Farmacêutica, Vitor Lopes De Abreu Lima – professor IQB, Palmira Lopes – MOPS/PB.

16h40 VIVENCIA DE DANÇA CIRANDA  - facilitadora Maria Inês Marcelino.

DIA 09/12

9h – Apresentação cultural – artistas colombianos.

10h - RODA DE CONVERSA: 

1-    A violência e as opressões étnico-raciais e de gênero dentro das universidades com professora Lígia Ferreira - Diretora do Neab-Ufal.

2- Resgatando a cultura e a religião afro – resistência e luta com pai Manoel e representantes do afoxé povo de Exu

13h30 –15h Apresentação cultural e aulão de Dança cigana  e do ventre 

18h Apresentação cultural AFOXÉ POVO DE EXÚ

Oficinas

8/12 – 9h às 17h

Oficina de florais de Liz

Local: ao lado da sala de cuidados

9 e 10/12 – 9h às 17h 

Oficina de Plantas Medicinais

Local: Tenda

9 e 10/12 – 9h às 17h

Mini-curso – a prática da auriculoterapia

Local: Sala de cuidados