Experiências exitosas de monitoria em debate no Caiite
Mesa-redonda reuniu representantes dos programas de monitoria da Ufal, Ifal, Uncisal e Cesmac
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Lídia Ramires - jornalista
Os programas de monitoria de três instituições de ensino superior, além do da Universidade Federal de Alagoas, foram apresentados na mesa-redonda que discutiu as “Experiências exitosas na monitoria na IES alagoanas”, no auditório do Severinão.
Na Ufal, o Programa de Monitoria existe sob a coordenação da Pró-reitoria de Graduação (Prograd), desde 2008. Atualmente, são 400 bolsas concedidas a estudantes nos três campi, A.C. Simões, Arapiraca, Sertão e em suas unidades acadêmicas. Além dos bolsistas, estão registrados quase 400 voluntários que desempenham atividades semestrais.
Para a gerente de programas e projetos da Prograd, Cristina Castro, a presença de monitores nas unidades tem contribuído para a redução em índices negativos nos cursos. “Com a participação dos alunos na monitoria, temos registrado menores números de evasão e retenção. Aí está o êxito dessas experiências”, explica.
Também participaram da mesa-redonda, os professores coordenadores de monitoria, Isnaldo Isaac, do Instituto de Matemática (IM), e Jorge Brito, do Centro de Tecnologia (Cetec). Brito ressaltou “a consciência dos participantes para a importância da experiência na monitoria para outras etapas da vida acadêmica, como o mestrado. Além disso, os monitores sentem-se valorizados”.
O programa, no Cetec, tem 100 integrantes, sendo 15 bolsistas, numa demonstração de valorização da experiência acadêmica. Brito acrescentou ainda a colaboração dos monitores em disciplinas que exigem dos professores maior integração e, muitas vezes, a necessidade de estar em vários lugares simultaneamente. “No caso de topografia, seria impossível a participação de todos em atividades de campo, sem monitores”, exemplifica.
O Instituto de Matemática oferta 15 bolsas e conta com outros 16 voluntários no acompanhamento das atividades de mais de 1.500 alunos de todos os cursos da área de Exatas. O coordenador de Monitoria do IM, Isnaldo Isaac explica que a maioria dos monitores é de cursos diversos e não optou pela Matemática pela baixa recepção dos profissionais no mercado de trabalho. “Muitos foram paras as engenharias e, na monitoria, se descobrem professores de Matemática”, conta Isaac. O coordenador ressalta também a participação dos tutores na redução da retenção, principalmente, nas disciplinas iniciais. “Eles atuam com grupos de até 15 alunos, trabalhando questões de base e motivação, uma vez que são ex-alunos. Já conseguimos elevar a aprovação em Cálculo I de 10% para 40%”.
Participaram da mesa-redonda também Christiane Agra, da Comissão de Avaliação de Monitoria do Campus Maceió (Ifal), apresentando o programa que disponibiliza, na capital, 15 bolsas. A coordenadora de monitoria da Uncisal, Edna Moraes, apresentou a experiência de monitoria totalmente voluntária, com envolvimento de quase 300 monitores nos cinco cursos de bacharelados e nos quatro cursos tecnológicos ofertados pela instituição. O Cesmac foi representado pela coordenadora de moniotrias, Ana Lydia Vasco. A instituição tem aproximadamente 120 alunos monitores, de 16 cursos, coordenados por 90 docentes, em períodos de nove meses. A coordenadora ressaltou que 60% são bolsistas e 40% voluntários, com envolvimento em demais atividades acadêmicas. “Estimulamos a participação em pesquisa e extensão. As atividades não se esgotam no ensino”, afirma Ana Lydia.