Tratamento do portador do vírus HIV é tema de oficina no Caiite 2016

Atividade abordou questões tidas como tabus no tratamento e vivência das pessoas portadoras do vírus HIV


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Objetivo da atividade foi expor a funcionalidade dos grupos de adesão na melhoria da qualidade de vida de quem possui o vírus HIV
Objetivo da atividade foi expor a funcionalidade dos grupos de adesão na melhoria da qualidade de vida de quem possui o vírus HIV

Eduardo Lira – estudante de Relações Públicas

Na tarde da última sexta-feira (9), estudantes de diferentes cursos da área de saúde da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) promoveram a oficina sobre Grupos de adesão como instrumento facilitador do tratamento de HIV/AIDS: a experiência da residência multiprofissional em saúde, durante o Congresso Acadêmico Integrado de Inovação e Tecnologia (Caiite 2016). A atividade abordou questões tidas como tabus no tratamento e vivência das pessoas portadoras do vírus HIV.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o termo adesão ao tratamento é a medida com que o comportamento de uma pessoa – tomar medicação, seguir dieta e/ou mudar seu estilo de vida – corresponde às recomendações de um profissional de saúde. Os grupos de adesão consistem na construção de um espaço colaborativo de participação nas decisões sobre o próprio tratamento e o compartilhamento de experiências pessoais, que visam a facilitar a aceitação e a integração de determinado regime terapêutico em seu cotidiano.

A oficina realizada pelo Programa de Residência Multiprofissional em Saúde do Adulto e do Idoso da Ufal teve como principal objetivo expor a funcionalidade dos grupos de adesão na melhoria da qualidade de vida de quem possui o vírus HIV. O grupo composto por estudantes de Psicologia, Nutrição, Assistência Social e Enfermagem da Ufal relatou também as experiências adquiridas pelas residentes a partir do intercâmbio de conhecimentos na assistência aos portadores da doença.

Ainda que no momento atual os avanços na produção de medicamentos mais potentes com menos efeitos colaterais estejam facilitando a vida de seus usuários, a importância da existência desses grupos garante a quebra de muitas dúvidas, angústias e tabus relacionados à patologia.

Ao chegarem nos hospitais, os usuários passam por uma rede de atendimento médico e psicossocial, conforme as expectativas e necessidades de cada. No entanto, o processo de acolhimento  proporcionado pelos profissionais da saúde, através dos grupos de adesão, é o meio que garantirá aos pacientes a conscientização sobre o processo de tratamento, a partir do contato com outros usuários que estão passando pelas mesmas situações.  “Um dos frutos mais importantes para nós com esse grupo foi a oportunidade de construir vínculos entre os usuários e dos usuários com a equipe responsável pelo atendimento”, destacou Anne Rafaele, residente de Psicologia.