Ufal convoca comunidade acadêmica a participar de programa de avaliação
Com a meta de uma instituição colaborativa, questionário não será obrigatório
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Manuella Soares - jornalista
Você já parou para refletir sobre como se sente em relação à Ufal? Chegou a hora de deixar registrado o que a Instituição tem feito para contribuir com o dia a dia da comunidade acadêmica. Bastam alguns minutos para responder ao Programa de Avaliação Institucional (PAI), que já está disponível para estudantes, técnicos e docentes que desejam colaborar com informações sobre aspectos físicos, administrativos e acadêmicos.
Baseado no Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior (Sinaes), a Ufal vai realizar, de 15 de fevereiro até 4 de março, uma grande consulta à comunidade acadêmica, que vai servir de referência para as áreas estratégicas que a gestão irá atuar. A avaliação é coordenada pela Comissão Própria de Avaliação (CPA) que é formada por representantes docentes de cada área (Ciência Humanas, Ciências Exatas e Ciências da Saúde), técnicos administrativos, docentes e técnicos dos campi de Arapiraca e do Sertão, e discentes, além da sociedade civil, sob a coordenação da professora Lucy Vieira, da Famed.
O programa envolve cinco eixos em dez dimensões: ensino, pesquisa e extensão; pós-graduação; responsabilidade social; comunicação com a sociedade; política de pessoal; organização e gestão; infraestrutura física e acadêmica; planejamento e avaliação; atendimento ao estudante; e sustentabilidade financeira.
O questionário onde a comunidade poderá se expressar, vai ficar disponível nas páginas do Sipac, Sigrh e Sieweb. Não é obrigatório, mas o procurador educacional, Tiago Cruz, responsável por acompanhar o processo, destaca a importância da participação de todos. “É preciso que as pessoas se sensibilizem da importância desse momento. A avaliação deve ser percebida pela comunidade como um instrumento formativo e de reflexão daquilo que precisa ser redimensionado, o que a gente precisa melhorar, buscando sempre o processo de aperfeiçoamento da qualidade do ensino, da pesquisa, da extensão e da política de gestão de pessoas”, comentou.
O produto final dessa avaliação é um relatório que deve ser encaminhado para os órgãos externos de controle, como TCU, MEC e Inep, mas, de acordo com Cruz, o principal objetivo é que a Universidade faça uma autoavaliação, reflita sobre aquilo que a comunidade está apontando.
“Nós ainda não temos uma cultura de avaliação. Isso é um processo. Está no nosso planejamento construir os instrumentos e os espaços para isso na Universidade Federal de Alagoas. Tanto colaborando com a CPA para uma autoavaliação da Universidade, quanto contribuindo junto aos demais órgãos de gestão – Prograd, Proginst, Progep – para que a gente possa ter cada vez mais e, junto com os coordenadores de cursos, um processo de avaliação que possa indicar as lacunas e o planejamento de políticas para resolvê-las, melhorando o índice de qualidade da nossa Universidade”, ressalto o procurador.
PEI traça metas imediatas e pós-avaliação
A Procuradoria Educacional Institucional tem planos específicos que serão aplicados durante o Programa de Avaliação e logo após o relatório ser concluído. De imediato, o procurador Tiago Cruz acredita que é necessário uma sensibilização para convocar a comunidade acadêmica a participar do PAI. Portanto, serão realizadas audiências públicas descentralizadas nos campi do interior sobre a relevância do processo de avaliação.
“Criar uma cultura de avaliação é extremamente importante para subsidiar a gestão e até a própria comunidade na direção do planejamento que se pretende, porque sem avaliação a gente não pode detectar o que pode melhorar, aperfeiçoar, e o que tem que ser revisto”, disse Cruz.
Outra proposta da PEI é desenvolver junto com a comissão de avaliação, uma análise mais detalhada de como é que cada pessoa que está respondendo ao questionário. De acordo com os dados disponibilizados pelo Núcleo de Tecnologia da Informação da Ufal, será possível identificar o que as pessoas estão apontando a partir do seu local de trabalho ou estudo. Assim, a gestão terá um panorama de como tem se configurado as principais reivindicações em determinados locais da Universidade.
Além disso, o relatório final vai extrair respostas sobre o desempenho da Ufal nas avaliações externas que impactam na qualidade da Instituição. “O PAI também é importante para compreender alguns dados que incidem sobre o índice de qualidade que a Ufal tem. Vamos trabalhar junto com a Prograd as questões relacionadas ao Enade e, com o movimento estudantil, na perspectiva crítica, para ver quais são os limites e como podemos trabalhar a avaliação de maneira formativa e não punitiva”, finalizou Tiago Cruz.