Ufal integra mobilização nacional contra o zika
Instituições são convocadas para participar de pacto nacional
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Manuella Soares - jornalista
Zika Zero também é meta para a Universidade Federal de Alagoas. Atendendo à convocação do Ministério da Educação, a reitora Valéria Correia esteve, na quinta-feira (04), em Brasília, no evento de lançamento da Campanha que unirá forças na prevenção e controle do mosquito Aedes aegypti. A Ufal participa do pacto nacional que mobiliza estudantes do Brasil todo contra o vírus zika.
Diante de uma grave emergência de saúde pública, com a proliferação do transmissor da dengue, da febre chikungunya e do zika, o desafio é realizar algumas ações coordenadas para não deixar o mosquito nascer. O ministro da Educação, Aloízio Mercadante, firmou um pacto com representantes do Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed), da União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e de entidades de estudantes, além de universidades, instituições de educação profissional e de escolas públicas e privadas.
A Ufal vai colaborar com essas ações atuando nos eixos de prevenção e controle, além de contar com o apoio de pesquisadores que já trabalham em projetos ligados ao mosquito Aedes aegypti. A maior preocupação, atualmente, é com os casos de zika, especialmente em mulheres grávidas. Por isso, o compromisso de uma força-tarefa para eliminar os criadouros dos mosquitos.
O ministro informou que o governo prepara, para 13 de fevereiro, uma mobilização nacional para conscientização e eliminação dos criadouros. Participarão 220 mil militares, 260 mil agentes de saúde e 48 mil agentes da vigilância sanitária. No dia 19 de fevereiro, haverá mobilização da comunidade educacional, que reúne 60 milhões de pessoas entre estudantes, docentes e servidores.
Sobre o zika
O vírus zika está relacionado a casos de microcefalia, que gera um comprometimento muito grave no sistema nervoso central, impondo condição de deficiência cerebral profunda e permanente nos bebês das mulheres grávidas que contraírem o vírus. Esse é um diagnóstico recente, sem um horizonte previsível e seguro para uma vacina. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que quatro milhões de pessoas, sendo 1,5 milhão delas no Brasil, poderão ser afetadas pelos riscos dessa epidemia.
O mosquito já está presente em mais de cem países de clima tropical e já há confirmação de vírus zika em 23 deles. Nos locais onde não existe saneamento básico e nas regiões onde a seca ou a falta de abastecimento de água leva famílias à necessidade de armazenar água, os riscos são ainda maiores, como aponta a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), em nota de alerta, são necessárias ações socioambientais transformadoras. “Observa-se que a distribuição espacial por local de moradia das mães dos recém-nascidos com microcefalia (ou suspeitos) é maior nas áreas mais pobres, com urbanização precária e saneamento ambiental inadequado. Nestas áreas, o provimento de água de forma irregular ou intermitente leva essas populações ao armazenamento domiciliar de água de modo inadequado, condição muito favorável para a reprodução do Aedes aegypti”.
Na educação, são cerca de sessenta milhões de brasileiros organizados em salas de aula. É necessário que cada um dê a sua contribuição efetiva, com todo o empenho, para o combate ao mosquito entre seus familiares, colegas e comunidades, nas instituições de ensino superior, nas escolas e em todo o seu entorno.
Acompanhe os eventos da educação para combater a transmissão do vírus Zika pelo endereço http://portal.mec.gov.br/zikazero/index.html