Efetivar as ações de comunicação em todos os campi é um dos desafios da gestão atual da Ascom

Diana Monteiro - jornalista

Chegar ao comando da Assessoria de Comunicação (Ascom) da Universidade Federal de Alagoas é tido pela jornalista Lídia Maria Marinho da Pureza Ramires como mais um desafio em sua trajetória profissional e acadêmica. Para ela, pensar comunicação é pensar metas para o enfrentamento dos inúmeros e esperados desafios. E como todo desafio, o planejamento é imprescindível para que se alcance os objetivos esperados. Com a comunicação, portanto, não seria diferente, uma área que para efetivar e expandir ações, também depende de investimento, inclusive em recursos humanos, mas que está inserida no elenco de prioridades da atual gestão da Ufal.

Jornalista graduada pela Universidade Federal de Alagoas, mestre e doutora em Análise do Discurso, Lídia Ramires leciona a disciplina do setor de radiojornalismo, no curso de Jornalismo. Do ingresso na instituição em 2000 como professora substituta e efetivada a partir de 2010, quando da aprovação em concurso para o Campus do Sertão, agrega-se à carreira docente de Lídia Ramires também a vivência acadêmica em outras instituições locais de ensino superior, notadamente em disciplinas de Assessoria de Comunicação, em graduação e cursos de especialização.

Ao tempo em que reconhece o dinâmico trabalho já consolidado na área pelo setor responsável, o que se deve principalmente, em sua opinião, à dedicação e competência da equipe que continua levando à Ufal a ser a maior fonte de notícias do Estado de Alagoas. Lídia Ramires aponta como meta e um dos grandes desafios o fortalecimento da comunicação interna. O propósito, segundo ela, é projetar a comunicação de forma conectada entre os campi com a compreensão de que os três segmentos universitários (alunos, professores e técnicos administrativos) são o público da instituição. “O que permitirá que a comunidade saiba, a partir da própria instituição, o que acontece na instituição onde estão diretamente envolvidas em suas ações administrativas e acadêmicas, cerca de 40 mil pessoas. A comunicação tem que acompanhar o crescimento da jovem senhora que é a Ufal. A exemplo da ocupação no Campus do Sertão, noticiada por nós no Portal e nas redes sociais da instituição”, argumenta.

Ela adianta que a interiorização do serviço deverá constar também no planejamento para a expansão na área e garante que esforço será empreendido para a sensibilização sobre a necessidade de vagas, via concurso, visando a seleção de profissionais para os campi do interior. E acrescenta: “A publicização é um fundamento do serviço público e outra meta da Assessoria de Comunicação (Ascom) é a divulgação da Ufal a partir dos princípios que regem a gestão que conduzirá os destinos da instituição no quadriênio 2016-2019: uma universidade socialmente referenciada, autônoma, crítica e democrática. Há a necessidade da retomada a esses princípios e fica acentuada a obrigação da Ascom nesse contexto”, diz a assessora de comunicação.

Na expansão das ações Lídia também aponta o planejamento para execução dos projetos de radioweb e TVweb, vislumbrando concessões públicas de rádio e TV que garantam não só canais de comunicação mas também a colaboração junto ao curso de Jornalismo visando unificar a comunicação e a formação acadêmica. “A Ascom também é um espaço de aprendizado e contribui para a formação profissional dos alunos, mas há a necessidade de dar às atividades desempenhadas um caráter acadêmico pedagógico”. E adiante acrescenta: “São muitos os desafios e destaco o comprometimento e o profissionalismo do corpo técnico do setor que tem como característica o rejuvenescimento, o que, sem dúvida, é muito positivo para a ampliação e dinamismo das ações pensadas para a área”, acrescentou.

Experiência

A vivência obtida em diversificadas áreas do “jornalismo do batente” só veio agregar experiências em sua vida profissional e a fizeram vencer barreiras e prepará-la ainda mais para um caminho, que segundo ela, chegou naturalmente, como o da docência.

No rádio alagoano, a exemplo da Rádio Difusora, como comunicadora, Lídia Ramires ocupou espaço até então tido como de homem: foi a primeira repórter esportiva na conhecida equipe Seleção do Povo. O dinâmico trabalho a levou a integrar e coordenar a equipe de cobertura do esporte profissional e amador do tão badalado Timaço da Gazeta, de grande audiência no veículo de maior projeção do Estado. Em redação, sua experiência se diversificou ao assumir o posto de correspondente da sucursal da Gazeta Mercantil, em Maceió.

O serviço de assessoria prestado à empresa de telefonia Tim, pela Facto Comunicação, responsável pelas ações da área de Alagoas ao Piauí, consistiu em um importante espaço de desempenho profissional de Lídia Ramires e prêmio pela Associação Brasileira de Jornalismo Empresarial (Aberje). Lídia integrou ainda a equipe de assessoria de comunicação do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) de Alagoas.

O trabalho diversificado com foco na comunicação proporcionou a Lídia o gerenciamento do projeto de instalação do gasoduto de Alagoas, realizado de forma integrada, de madrugada, com os profissionais das áreas de engenharia para garantir um mínimo de transtorno à comunidade. Em seu vasto currículo como comunicadora está também a experiência como empreendedora ao fundar, em 2005, a primeira empresa de clipping digital do Estado com ênfase na mídia eletrônica.