Estudantes acampam na entrada do Campus Sertão para receber Reitoria Itinerante
Aproveitando a presença da gestão, estudantes reivindicam mais assistência
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Lenilda Luna – jornalista
Aproveitando a presença da reitora Valéria Correia, do vice-reitor, José Vieira, e dos pró-reitores no Campus do Sertão, para a Reitoria Itinerante, seguindo a proposta de descentralizar a gestão da Ufal, um grupo de cerca de dez estudantes resolveu acampar na entrada do prédio, na noite anterior à chegada da equipe, para reivindicar mais assistência.
Entre os principais pontos da pauta dos estudantes estão: o funcionamento imediato do restaurante universitário, a melhoria do transporte para a sede do campus, que fica distante 4 km da cidade; a criação da residência universitária, mais ofertas de bolsas estudantis e a reabertura da subsede da Editora Universitária (Edufal).
Felipe Santos, estudante de Geografia, que está entre os estudantes da ocupação, disse que muitos alunos são dos estados que fazem divisa com Alagoas, ou de outros municípios. "Para quem é de baixa renda, fica difícil se manter na universidade. Eu mesmo estou há 15 dias sem dinheiro para xerox e também não estou conseguindo pagar o aluguel", relatou o universitário.
O Campus do Sertão, que foi inaugurando em 15 de março de 2010, ainda numa sede provisória, e recebeu a sede definitiva em dezembro de 2013, tem cerca de dois mil alunos que se deslocam para as aulas nos três turnos. "Não tem transporte regular da cidade para cá e todos os dias muitos alunos se arriscam pedindo carona para ir e voltar", contou Felipe Santos.
Na programação da Reitoria Itinerante já estava prevista uma assembleia da gestão com os estudantes para o turno da noite. "Vamos discutir a pauta apresentada pelos alunos, para responder, na medida do possível a todas essas questões. Estamos aqui com todas as pró-reitorias para planejar as ações de acordo com as demandas recebidas", garantiu a reitora Valéria Correia.
A pró-reitora Estudantil, Analice Dantas, solidarizou-se com os estudantes da ocupação e ressaltou que a equipe está mobilizada para resolver as várias questões. "Sabemos a importância do funcionamento do Restaurante Universitário, mas não adianta inaugurar um prédio, como foi feito na gestão passada, sem garantir as condições para um funcionamento pleno. Ainda há muito a ser feito para que o RU funcione. Enquanto estamos trabalhando por isso, vamos estudar algumas medidas emergenciais", informou a pró-reitora estudantil.