Gestão ouve demandas dos equipamentos culturais e cursos de Artes
Também foram compartilhadas as primeiras ações para atender a área cultural da Universidade
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Simoneide Araújo - jornalista
Destacando os princípios da democracia participativa, da transparência e da impessoalidade, a reitora Valéria Correia, o vice-reitor José Vieira e o coordenador de Assuntos Culturais, Ivanildo Piccoli, abriram espaço na agenda para apresentar as primeiras ações da gestão para área cultural e para ouvir as demandas da comunidade acadêmica. A reunião aconteceu no pático central do Espaço Cultural da Universidade Federal de Alagoas e nem o calor afastou a plateia formada por servidores e estudantes que compõem os cursos de artes e os equipamentos da Instituição.
Valéria Correia falou da satisfação de voltar ao Espaço Cultural, como reitora, para conversar com a comunidade, saber das demandas e também divulgar alguns encaminhamentos que já foram dados em 46 dias de gestão."Nós elegemos algumas ações emergenciais e aqui [no Espaço Cultural] entregamos os banheiros, na última segunda-feira (7), que era uma reivindicação antiga de todos. Esse encontro será um momento de escuta, justamente para saber o que está sendo solicitado e como poderemos dar os encaminhamentos. Gostaria de dizer também que a gestão vai ouvir vocês através do Piccoli [Ivanildo, que também é diretor do Espaço Cultural]", declarou.
A reitora frisou que esse é um ano muito difícil por causa da falta de recursos, mas a gestão buscará apoio da bancada federal e do próprio Ministério da Educação para melhorar a estrutura da Universidade. "Recebemos a Ufal com uma dívida muito grande - em torno de 16 milhões de reais -, em decorrência da crise por que passa o País, e essa é uma realidade das universidades brasileiras de uma forma geral. Mas priorizamos a manutenção dos espaços, das salas de aula, dos banheiros e dos espaços de trabalho coletivos", ressaltou.
Sobre as Casas de Cultura que funcionam no Espaço Cultural, Valéria Correia garantiu que a gestão as manterá, mas em um outro formato, como um programa de extensão. "Estamos estudando para vermos a viabilidade e, logo, logo vamos divulgar. Estamos preocupados, cientes do problema e acompanhando todo esse processo. Reafirmamos para a Universidade que a nova gestão tem um olhar especial para os equipamentos culturais, para os cursos ligados às artes e o compromisso de mantê-los funcionando com qualidade e um olhar especial para o de Teatro", confirmou.
A reitora destacou que a prioridade da gestão é elencar os cursos que estão com protocolo de compromisso no MEC para melhorar os índices de avaliação. “Queremos melhorar a qualidade dos nossos cursos para que eles voltem a funcionar como devem e como a Universidade deve ter o respeito a todos os cursos e à comunidade acadêmica, especialmente os estudantes”, disse.
Sobre levar os cursos de Artes para o Campus A.C. Simões, uma reivindicação antiga de quem compõe essa área, Valéria afirmou que o projeto já sugerido por uma comissão especial será contemplado dentro de uma proposta maior que é o Complexo Cultural, que também abrange a construção de um anfiteatro. “Vamos buscar apoio da bancada federal porque precisamos de uma estrutura para acomodar melhor os nossos cursos de Artes e a própria Universidade carece de um local amplo e confortável, para acomodar bem as pessoas em eventos culturais e acadêmicos”, destacou.
A professora Noemi Loureiro, do curso de Dança, falou sobre o projeto que foi pensado para os cursos de Artes no campus e pediu o compromisso da atual gestão para não tirar esse tema da pauta e que seja dado o ponto de partida. "Esse projeto pode demorar pra acontecer, mas isso é um fato que deve ser considerado, que as graduações vão para o campus. Precisamos de um espaço próprio, mesmo que leve dez anos para que isso aconteça. Queremos sair do processo de arrumadinho, de remendos e ir para um espaço que contemple os cursos de Teatro, Dança e Música", reafirmou.
O vice-reitor, José Vieira, lembrou a professora Noemi que no Plano Diretor da Universidade em Maceió já há previsão do local onde será construído o Instituto de Artes, mas será preciso um planejamento para viabilizar o projeto. "Hoje não temos recursos para dar andamento a essas ações e isso é um fato, mas precisamos elaborar o projeto bem detalhado para podermos ir ao MEC e até a bancada buscar os recursos", esclareceu.
Propostas para CAC e Espaço Cultural
Mesmo com poucos recursos, Ivanildo Piccoli, novo coordenador da Coordenação de Assuntos Culturais (CAC), que faz parte da Pró-reitoria de Extensão, se comprometeu a buscar realizar as ações necessárias para fortalecer os equipamentos culturais da Ufal. Durante a reunião, Piccoli agradeceu a presença dos professores, dos técnicos, dos estudantes e deu as boas-vindas aos gestores que se colocaram à disposição para ouvir as demandas daquela comunidade.
Piccoli anunciou algumas propostas para melhorias dos projetos do Espaço Cultural e consultou os presentes, pedindo que levantassem a mão quem concordasse com o projeto de visualidade artística para o local. "Que bom que a maioria aprovou, porque queremos mais cor nesse ambiente, essas paredes brancas não combinam com um espaço cultural. Essa votação é importante à medida que dá oportunidade às pessoas participarem desse processo democrático", disse.
Sobre esse projeto, Piccoli informou que já está com uma minuta do edital de intervenção cultural e que irá enviá-la para quem tiver interesse em conhecer e fazer novas sugestões. Já em relação à retomada do Fórum de Cultura, o coordenador aproveitou o momento para convidar os presentes para a primeira reunião de discussão, no próximo dia 8 de abril, às 14h, no Espaço Cultural.