Nova gestão da Ufal faz primeira reunião do ano com diretores de unidades acadêmicas

Manutenção, orçamento e combate ao Aedes aegypti foram assuntos abordados durante o encontro dos gestores


- Atualizado em
O vice-reitor José Vieira, Valéria Correia e o pró-reitor de Gestão Institucional, Júlio Gomes, falaram sobre questões orçamentárias para 2016
O vice-reitor José Vieira, Valéria Correia e o pró-reitor de Gestão Institucional, Júlio Gomes, falaram sobre questões orçamentárias para 2016

Thâmara Gonzaga – jornalista 

Diretores das unidades acadêmicas foram recebidos, nessa quinta-feira (3), pela reitora Valéria Correia para a primeira reunião do ano com toda a equipe de gestores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Ao lado do vice-reitor, José Vieira, e dos pró-reitores, ela conversou com os dirigentes sobre a necessidade manutenção emergencial, dotação orçamentária para 2016, distribuição dos recursos, ações para contenção de despesas e definição de uma agenda de visita às unidades.

Sobre o orçamento para este ano, a reitora da Ufal explicou que o cenário ainda é de crise para as universidades brasileiras, mas que as restrições financeiras para 2016 foram menores do que as do ano anterior. “Os grandes cortes do ano passado resultaram na crise atual”, disse ela. 

Conforme o cronograma elaborado pela atual gestão, as tardes de quinta-feira serão reservadas para reunião com os diretores das unidades e, nesse período inicial, haverá um momento para que cada pró-reitoria apresente um diagnóstico dos problemas encontrados com a indicação das ações corretivas. 

Nesse primeiro encontro, foi o superintendente de Infraestrutura (Sinfra), Márcio Barboza, que apresentou a situação em que encontrou a pasta, assumida no início de 2016, e as medidas que serão adotadas. Barboza também ouviu as demandas dos diretores e prometeu empenho para resolvê-las o quanto antes. “Assumimos a Sinfra com muitas pendências acumuladas. Já elaboramos uma agenda de trabalho para atender às demandas emergenciais. Estamos visitando cada unidade para fazer um levantamento do que precisa ser feito, desde a troca de uma torneira até o reparo nas edificações. Para as construções que ainda estão em garantia, será cobrada a responsabilidade das construtoras”, esclareceu. 

Segundo o superintendente, as maiores demandas das unidades estão relacionadas a problemas com iluminação e ar-condicionado. Ele disse que já foi iniciado o processo para aquisição de aparelhos e contratação da empresa responsável pela manutenção. “Além disso, estamos trabalhando numa perspectiva para que, dentro de seis meses, recuperemos banheiros, salas de aula, áreas de trabalho e espaços coletivos para proporcionar um melhor ambiente para a comunidade universitária”. Barboza também garantiu que, ainda em março, dentro da própria Ufal, haverá uma oficina destinada ao conserto de mesas e carteiras. “Muitos bens com possibilidade de consertos simples eram declarados inservíveis, gerando acúmulo nos espaços da Sinfra. Com essa política de recuperação, isso vai diminuir bastante”. 

Questionado sobre a manutenção dos campi da Ufal no interior, o superintendente ressaltou que já foi garantida uma parcela orçamentária maior que a do ano passado para que cada campus possa providenciar o reparo de acordo com o que julgar mais importante para a unidade. “Com esses recursos, os diretores podem fazer melhorias ou ações de recuperação, através da empresa terceirizada com contrato vigente, sem necessidade de recorrer à Sinfra”, garantiu.

 

Ufal no combate ao Aedes aegypti 

Durante a reunião, a reitora Valéria Correia também conversou com os dirigentes sobre a participação da Ufal no Pacto Nacional da Educação Brasileira contra o Zika, mobilização coordenada pelo Ministério da Educação (MEC).

 A reitora relatou que, de acordo com o MEC, a perspectiva é reunir cerca de 60 milhões de pessoas – entre estudantes, professores e técnicos – em ações de combate ao mosquito. “Devemos colaborar de toda forma que pudermos. No entanto, é preciso refletir que há uma tendência de só culpar as pessoas pela dengue, chikungunya e o zika vírus. Em nota oficial da Reitoria, manifestamos que é preciso cobrar a responsabilidade do governo pela ausência de ações em relação ao saneamento básico e à coleta regular de lixo. Não basta apenas fazer propaganda de combate, é necessário proporcionar as condições de vida que a população necessita”, destacou a reitora. 

Diante da preocupação dos diretores sobre a existência de locais na Universidade que pudessem acumular água e, consequentemente, tornarem-se criadouros do mosquito, o superintende da Sinfra, Márcio Barboza, relatou que estava enfrentando algumas dificuldades na limpeza externa por causa da falta de pessoal. “Quem fazia o corte da grama e das árvores eram os reeducandos do sistema prisional. Ocorre que, em 2016, esse contrato de prestação de serviço não foi renovado. Estamos finalizando uma contratação de trabalhadores temporários para cuidar, exclusivamente, dessa limpeza”, disse.

Entre as ações de combate ao Aedes aegypti, a Ufal formou um comitê institucional para acompanhar as atividades que tenham como objetivo evitar a proliferação do inseto, além de estimular o desenvolvimento de estudos na área.

A reitora Valéria Correia fez, ainda, a indicação da professora da Faculdade de Medicina, Adriana Ávila, para fazer parte de um comitê nacional coordenado pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), que assumiu a tarefa de mapear grupos de pesquisas que tenham trabalhos relacionados ao mosquito ou às doenças por ele transmitidas.