Pró-reitora de Gestão de Pessoas quer resgatar orgulho do servidor

Manuella Soares - jornalista

A jovialidade é representada pela disposição em assumir uma função estratégica na Universidade Federal de Alagoas (Ufal). A nova pró-reitora de Gestão de Pessoas, Carolina Abreu, resume sua missão na Progep em três expressões: “Grande motivação, muito trabalho e portas abertas!”, destaca. 

A experiência profissional começou ainda antes de ingressar à Ufal, quando iniciou a prática da sua formação em Administração nos segmentos de indústria e hotelaria. Mas, foi como servidora da Universidade que Carolina sentiu a necessidade de se esforçar para crescer junto com a Instituição. Por ter sido uma das primeiras concursadas no Campus do Sertão, em Delmiro Gouveia, ela desempenhou um trabalho colaborativo, onde todos precisaram se unir para dar os primeiros passos num local que estava começando a trilhar sua história. 

Depois de um ano e meio dedicados à organização do campus que oferece mais perspectivas de formação acadêmica no Sertão de Alagoas, Carolina Abreu foi convidada para contribuir com suas aptidões na área administrativa em Maceió, sua cidade de origem. Foi então que ela teve uma rápida passagem pela Progep e, depois, desenvolveu uma importante função na Auditoria da Ufal, onde pode adquirir conhecimentos essenciais para o cargo que exerce hoje. “Fiquei como auditora até assumir a Progep. Meu trabalho lá foi fundamental para eu ter uma noção geral da Universidade, de como as coisas funcionam, dos processos que passam por aqui”, lembrou. 

Em pouco tempo de “casa”, a mais jovem pró-reitora na equipe de Valéria Correia e José Vieira já demonstrou ter a característica principal que a gestão procura: vontade de fazer dar certo! “Precisamos resgatar o orgulho dos servidores em fazer parte da Ufal, motivá-los no trabalho, ouvir quais sãos suas necessidades. Claro que muita coisa vai ter limitação, mas a vontade de fazer, nós temos”, ressaltou a pró-reitora. 

Com o plano de ações emergenciais dos primeiros 120 dias, a Progep entra numa fase de redefinição de algumas diretrizes. A primeira delas, segundo Carolina Abreu, é dar maior clareza e transparência em tudo o que é realizado nos setores. “A gente está tentando dar um start nos macroprocessos, primando sempre pela transparência e a publicidade dos procedimentos. Para isso, temos que discutir, rever algumas coisas, colocar para a comunidade. A gente precisa pensar nas políticas, iniciar um levantamento, porque muitas coisas teremos que submeter ao Consuni e a gente quer fazer isso de uma forma consultiva. Estamos convictos de que enfrentaremos muitos percalços, mas temos uma equipe de trabalho motivada para efetuar as mudanças mais próximas das desejadas pela comunidade acadêmica desta instituição”, frisou.

 Equipe engajada no planejamento 

A Pró-reitoria de Gestão de Pessoas conta com 38 servidores técnico-administrativos divididos em departamentos subordinados a três coordenações. A única mudança foi na coordenação de Desenvolvimento de Recursos Humanos, que agora está sob o comando de Faustino Júnior. O coordenador João Paulo Fonseca e a coordenadora Rosineide Duarte permanecem nas coordenações de Processos Seletivos e de Qualidade de Vida no Trabalho, respectivamente. 

O ambiente encontrado pela nova gestora é receptivo e com servidores engajados, por isso, ela conta que colocar em prática as ações planejadas não será uma tarefa difícil se depender do comprometimento de cada um. “A minha equipe é extremamente competente. Todos estão dispostos, com o pensamento otimista que a gente vai conseguir executar o que estamos propondo”, evidenciou Carolina. 

A pró-reitora afirma que fará, de imediato, o aprimoramento dos marcos regulatórios, rediscutindo os critérios aplicados, por exemplo: afastamento, remoção, redistribuição e outras resoluções que, segundo ela, precisam ter uma regulamentação interna. 

Alguns projetos já estavam em andamento mas, Carolina pretende definir estratégias para construir uma política de qualidade de vida no trabalho. “A gente entende que qualidade de vida para o servidor é também qualidade de vida no trabalho. E esse aspecto envolve várias áreas. Queremos alcançar os 24 órgãos da Ufal”. Entre as diretrizes colocadas como foco para essa política, estão: a identificação das condições de trabalho, o elo do trabalho e a vida social, o reconhecimento e o crescimento profissional, além das relações socioprofissionais de trabalho.

Capacitação 

Para pensar numa instituição com servidores satisfeitos e qualificados, é preciso também oferecer meios de capacitação. E esta também é uma área que a nova gestão da Progep pretende voltar seus esforços. Carolina Abreu adiantou que a equipe está concluindo o Planejamento Anual de Capacitação (PAC) e que, apesar dos impactos dos cortes orçamentários do Governo Federal, os cursos de capacitação para servidores técnico-administrativos estão entre as prioridades. 

A fase é de coleta de informações sobre as necessidades de cada setor para definir as áreas onde serão direcionados os cursos, treinamentos, oficinas ou qualquer tipo de suporte que os gestores precisem. Nesta etapa, a Progep precisa contar com a colaboração de quem está gerindo os diversos setores espalhados pela Universidade Federal de Alagoas.  

Concursos 

A Pró-reitoria de Gestão de Pessoas também é responsável por solicitar e administrar vagas para novos servidores da Ufal. Atualmente, está encerrando uma seleção de 47 bancas para professor substituto. Os docentes serão convocados para atender a demanda ainda do semestre letivo 2015.2. 

Existe um concurso vigente de técnico-administrativos até o final de 2016, podendo ser prorrogado por mais dois anos. A Progep está convocando os aprovados conforme  surgem as vagas de reposição, ou seja, aquelas que abrem por aposentadoria ou vacância.   

A boa notícia é que a nova gestão está avaliando com a Copeve a preparação de um novo concurso para cargos que não foram solicitados no último certame. Carolina Abreu adiantou que estão coletando informações para fechar o quadro de vagas, mas ainda não há previsão de quando sai o edital porque, entre outros fatores, depende dos recursos destinados para contratações. Este é mais uma desafio da nova pró-reitora: trabalhar com muitos planos e demandas num período economicamente difícil para as Instituições de Ensino Superior (IES).