Abí axé agbé forma professores de cultura afro no sertão

Evento vai promover debates, exibir documentário e apresentar espetáculo cultural


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Projeto é coordenado por professor de História da Ufal
Projeto é coordenado por professor de História da Ufal

Suely Silva – jornalista colaboradora

O projeto de extensão acadêmica Abí axé egbé: músicas e danças afro-brasileiras construindo a cidadania no sertão alagoano, organiza o 1º Ciclo de Formação Docente do Abí Axé Egbé no campus da Ufal em Delmiro Gouveia. O evento será realizado nos dias 13 e 14 de abril, às 19h na sede do Campus do Sertão.

Em sua terceira edição, o projeto é coordenado pelo professor Gustavo Gomes que também é o coordenador do curso de História, e formou um grupo artístico composto por estudantes, professores, pesquisadores e trabalhadores da sociedade civil que luta contra a intolerância religiosa e contra o racismo.

O Grupo de Cultura Negra do Sertão: Abí Axé Egbé (expressão do idioma africano Yorubá), promove o evento de formação científica com pesquisadores renomados da cultura africana e afro-brasileira. Os participantes poderão assistir a estreia do documentário Abi axé egbé: nasce a força da comunidade, dirigido por Ellen Cirilo e Krystila Costa, participantes do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica à Docência (Pibid) do curso de História.

No documentário estão registrados as experiências e os sentidos estéticos vivenciados pelo grupo e por todos aqueles que conhecem a sua atuação. Na programação haverá ainda, mesas redondas e a estreia do espetáculo de dança e música Mundo negro, dirigido pelo coordenador Gustavo Gomes, no qual será possível apreciar figurinos especiais, músicas, danças tribais, coreografias e uma verdadeira festa interativa com o público.

O evento tem entre seus objetivos promover a formação continuada de docentes sobre história da África e cultura afro-brasileira no sertão; realizar apresentações artístico-culturais no sertão; divulgar valores éticos e estéticos de origem negra e arrecadar dinheiro para a compra e manutenção de materiais artísticos para o grupo.

Todo o espetáculo visa mostrar ao público um mundo negro belo e sensível que respeita a ancestralidade, que investe em causas políticas da população afro-brasileira, a luta contra o racismo e a intolerância religiosa.

Para ter direito ao certificado de 20 horas/aulas o participante deverá fazer sua inscrição na própria Ufal, no valor de R$ 10. E aqueles que quiserem apenas assistir aos documentário e espetáculo a entrada é franca para o grande público.