Músicos e estudantes se misturam e trocam boas experiências

Colóquio acontece até amanhã e faz o Espaço Cultural da Ufal respirar música de qualidade


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Colóquio de música popular tem programação até esta quarta-feira
Colóquio de música popular tem programação até esta quarta-feira

Simoneide Araújo – jornalista colaboradora

Se você é músico ou apenas gosta de música, então, aproveite essa oportunidade que a Universidade Federal de Alagoas está oferecendo com o 1º Colóquio de Música Popular, que começou hoje e vai até amanhã (27), no Espaço Cultural, na Praça Visconde de Sinimbu. O ambiente é dos melhores, onde se respira arte e cultura com muita sonoridade e troca de saberes. Oficinas, palestras, debates, som de primeira e muito mais. Aproveite e venha curtir o evento.

A sala da Orquestra Sinfônica ficou lotada durante a abertura que contou com a presença da pró-reitora de Extensão, Joelma Albuquerque, do coordenador de Assuntos Culturais, Ivanildo Piccoli e do coordenador do Colóquio do curso de Licenciatura em Música, Marcos Moreira. “Está sendo uma surpresa agradável essa participação de tantos músicos, porque como é o primeiro e por ser uma tentativa inovadora a gente vê a sala cheia, numa manhã de terça-feira, e com essa empolgação dos alunos, professores, músicos, muitas pessoas da comunidade se interessando pelo curso de música. Elas estão atentando para a grandiosidade que podemos fazer em nosso curso da Ufal, a maior instituição pública de ensino superior”, destacou Moreira.

Ele ressalta que é preciso valorizar esse momento e o emprenho de todos para que não fique só nessa edição. “Temos de valorizar essas coisas para que venham o segundo, o terceiro e sucessivamente, melhorando a estrutura a cada ano para que a Ufal possa oferecer essa oportunidade de falar de música, de fazer música e promover a troca de experiências. A Universidade está aberta às pessoas; é uma obrigação nossa abrir os espaços pra comunidade para que todos possam usufruir do que temos a oferecer, tanto em logística como em estrutura de conhecimento, ou seja, do que a academia tem como função social”, completou.

A pró-reitora de Extensão, Joelma Albuquerque, destacou a importância do evento para a sociedade alagoana que aprecia a boa música. “Ao completar 55 anos, a Ufal nos brinda com o 1º Colóquio de Música Popular e isso é muito significativo para o curso de Música e por valorizar essa riqueza que Alagoas tem. Trazer isso para a Universidade de forma sistemática, discutir com as pessoas que fazem música popular dá um salto qualitativo porque agrega novos conhecimentos. Nossos alunos estão sendo enriquecidos com a possibilidade de artistas estarem aqui dentro [do Espaço Cultural], trazendo suas experiências, numa relação dialética entre a academia, responsável pelo conhecimento sistemático com a música que é feita com liberdade e criatividade. Isso é muito importante, muito rico e traz novas possibilidades para aqueles que estão sendo formados por nossa Universidade”, declarou.

Umas das atrações na abertura do evento foi o Quarteto Massayó, formado por Augusto Moralez, no vibrafone [teclado de percussão]; Felipe Burgos, no violão sete cordas; Maglione Santos, na bateria; e Fabrício Almeida, no baixo. Augusto é percussionista e professor da Escola Técnica de Artes da Ufal e coordena esse projeto de extensão chamado Quarteto Massayó. “Com esse projeto nós trabalhamos composições nossas com ritmos brasileiros, principalmente os alagoanos, como boi, galope, coco, mas dentro dessa roupagem da música instrumental brasileira, voltado para o jazz, por exemplo”, revelou Moralez, anunciando que o projeto também se apresenta fora da Universidade, em restaurantes e bares da capital.

Sobre o Colóquio, Moralez fala da importância do evento como uma semente para que no futuro não exista essa diferenciação entre música popular e erudita. “A gente trabalha a música e no curso de percussão que eu dou, procuro deixar isso bem claro. A gente trabalha música de orquestra, mas vai tocar samba, música folclórica... O que eu quero é que as pessoas estejam preparadas para viver de música. E é importante que a Universidade, cada vez mais, quebre essa barreira e nosso curso seja de música. Bom que esse eventro seja o pontapé inicial para isso, que a gente possa unir tudo e transformar numa coisa só”, avaliou o professor.

26 de abril – à tarde

13h30 - Mesa-redonda - Tema 1: O Erudito toca choro e o samba por que não?

Integrantes: Almir Medeiros, Flávio Ferreira (mediador) e Francisco Moura

15h - Apresentação Musical

16h - Palestra com o Professor Leonardo Arecippo, do Ifal de Marechal Deodoro

17h - Concertos e apresentações (pátio do Espaço Cultural) – Aracaju Instrumental - Trio

27 de Abril (Quarta-feira)

8h30 - Exposição de livros, monografias e teses sobre musica popular

9h15 - Apresentação musical

10h - Oficinas de instrumentos

12h - Almoço

13h30 - Mesa-redonda – Tema 2 - Diálogos Acadêmicos: O Pop Rock em Maceió e no Nordeste.

Integrantes: Marcos Moreira (mediador), André Solon, Ricardo Lopes e Carlos Alberto Vieira (Carlos Bala)

15h - Apresentação musical

16h - Palestra com o compositor Hermann Torres

19h - Apresentação de encerramento (pátio do Espaço Cultural) - Aracaju instrumental Trio; Rodrigo Santos Trio e diversos grupos

21h30 - Encerramento do 1º Colóquio de Música, com Ricardo Lopes Trio e convidados